Número de agentes de endemias será ampliado em Itabuna
A preocupação com a dengue cresce com a chegada do verão. Para evitar o aumento de casos da doença e de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura de Itabuna prepara uma seleção pública para a contratação de 139 agentes de endemias. O edital deve ser divulgado até sexta-feira no Diário Oficial do Município e no site da Prefeitura.
Os novos servidores vão trabalhar em áreas específicas da cidade fazendo visitas domiciliares bimestrais, a instalação de ovitrampas e reforçando o trabalho dos 117 agentes, que já estão atuando em campo. A medida é necessária, também, devido ao vencimento do contrato de 44 agentes de endemias que serão desligados e precisam ser substituídos.
Preocupado com as dificuldades que o Hospital de Base continua tendo para garantir o atendimento de milhares de pessoas de Itabuna e região, o deputado Augusto Castro (PSDB) esteve nesta terça-feira em Brasília, com o deputado federal Jutahy Magalhães Junior (PSDB).
A inclusão de uma emenda ao orçamento da União para o Hospital de Base de Itabuna foi solicitada por Augusto Castro. “ O deputado Jutahy tem sido grande parceiro de Itabuna e assegurou que vai destinar verbas para o nosso hospital”, disse o deputado.
Na Bahia, subiu para 136 o número de pessoas infectadas com o vírus da Aids que morreram neste ano. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, somente em Salvador foram feitas 86 notificações.
No interior baiano, Teixeira de Freitas lidera em quantidade de mortes por Aids, com 11 óbitos. Porto Seguro aparece depois, com seis pessoas que não resistiram à doença.
No sul da Bahia ocorreram três mortes, sendo duas em Ilhéus e uma Gongogi. No total, 22 municípios no estado notificaram mortes de pessoas infectadas com o vírus da doença.
De janeiro até a semana passada foram notificados mais de 1.600 novos casos de Aids na Bahia. Somente em Salvador foram 996. No interior, dois municípios do extremo sul apresentam a maior quantidade de casos.
Porto Seguro tem 76 notificações e Eunápolis 75. ( A Região)
Os prefeitos e secretários de Saúde das 139 cidades baianas contempladas no 2º Ciclo do Programa Mais Médicos, estarão em Salvador, na próxima sexta-feira (1º), para encaminharem os 277 médicos intercambistas aos municípios onde irão atuar.
A saída dos médicos do Instituto Anísio Teixeira (IAT), onde desde segunda-feira (28), são realizadas as atividades pedagógicas, será a partir das 14h30, com a presença do secretário da Saúde do Estado (Sesab), Jorge Solla.
Dos 277 médicos intercambistas, dez irão atender comunidades indígenas do estado. O coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei/Bahia), Jerry Matalawê, informou que lideranças indígenas também deverão estar na capital baiana para o encerramento das atividades coordenadas pela Sesab, no IAT.
Nesta segunda etapa, a Bahia recebeu 310 profissionais do ‘Mais Médicos’. Desde o início do mês, 33 profissionais, que concluíram o curso de medicina no Brasil, começaram a se apresentar nas cidades selecionadas pelo programa.
A Frente Parlamentar das Santas Casas reúne-se hoje, às 17 horas, com técnicos do Ministério da Sáude para discutir alterações da Lei da Filantropia (Lei 12.101/09). Os técnicos farão uma apresentação sobre o programa de fortalecimento das santas casas e demais entidades filantrópicas da área da saúde, o chamado Prosus.
A criação do programa está previsto num projeto de lei do Executivo (5813/13) que já tramita na Câmara. O objetivo da proposta é permitir o refinanciamento, em até 180 meses, das dívidas tributárias e previdenciárias dessas entidades.
A frente parlamentar adiantou que pretende inserir na proposta emendas que alterem a Lei da Filantropia. O grupo quer flexibilizar as regras para obtenção do certificado exigido para que as entidades tenham acesso a convênios com o SUS.
Lukas Paiva, Edson Dantas , Mauricio Galvão e Ricardo Gomes com médicas
A comunidade de Vila Cachoeira, situada na BR – 415, Ilhéus, foi contemplada nesse domingo (27), com a prestação de serviço médico da Unidade Móvel de Saúde, do médico Edson Dantas.
A unidade dispõe de clínico geral, ortopedista, dentista, testes de glicemia, aferimento de pressão e muito mais. Todos os serviços são inteiramente gratuitos.
Vereador Lukas Paiva ouvindo os moradores de Vila Cachoeira
A iniciativa foi uma articulação do vereador Lukas Paiva e do sindicalista Bebeto Galvão, que viu a necessidade da comunidade em relação aos serviços básicos de saúde do município.
Segundo Lukas, assim como outros distritos, Vila Cachoeira está esquecida pelo governo municipal, e essa parceria com o médico Edson Dantas beneficia diretamente a população carente local.
O vereador, que esteve acompanhado de Mauricio Galvão, filho de Bebeto Galvão, e Ricardo Gomes, agradeceu e parabenizou pessoalmente o médico Edson Dantas pelos serviços prestados na região.
Promotor recebe da professora, morador e alunos, documento com pedido de investigação
Uma ação social foi promovida, nesta última sexta-feira (25), por estudantes de Direito da Faculdade de Ilhéus na comunidade do Mambape, para representar ao MP informações sobre fatos ocorrentes na localidade com relação a violação do direito fundamental ao meio ambiente e as condições de saneamento básico. Os alunos do II semestre de Direito, sob a instrução da professora e socióloga Geórgia Couto, por atividade Interdisciplinar determinada pela Coordenação do curso, entregaram, nesta ocasião, junto a moradores, um documento ao Promotor da 11ª Vara de Meio Ambiente, Urbanismo e Consumidor, Dr. Paulo Figuereido, que se fez presente para conhecer em loco o objeto da investigação solicitada.
No documento, é pedido, em síntese, que o MP investigue o impacto e as condições de funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada no Mambape, operada pela Embasa, com avaliação e fiscalização do escoamento dos afluentes lançados pela ETE no manguezal – que margeia o rio Sant’ana – a poluição ocasionada por esgotos domésticos, as condições de saneamento básico e status de saúde na localidade.
De acordo com o Promotor Figueredo, “vão ser dois inquéritos civis públicos. Um para a ETE, sobre o lançamento de afluentes. Caso seja comprovado que essa ETE esteja realizando o lançamento fora dos padrões, a Embasa vai ser acionada. E outro inquérito para ver a questão da falta do pacote geral de urbanismo (calçamento, telefone público, iluminação, drenagem pluvial, esgoto residencial, coleta de lixo etc) nesta localidade, e quem responde é o município, que tem a obrigação de controlar a adequada ocupação do solo”, explicou.
A professora Geórgia Couto afirma que “é um descaso por parte do poder público e da sociedade, permitir a arbitrariedade de jogar esgotos no manguezal, que é uma área de preservação permanente, tornando-o totalmente contaminado. As marisqueiras, moradoras do Mambape, não podem pescar nesta área, e, por isso, têm que se deslocar para lugares distantes para conseguir coletar os mariscos para gerarem renda. A partir desta ação, esperamos que esses manguezais e aspectos sociais do bairro possam ter outra qualidade para que melhore as condições de vida da população”.
Escoamento dos afluentes da ETE do Mambape no manguezal às margens do rio Sant’ana, em Ilhéus-BA.
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e a formação social do Mambape
De acordo com informações do gerente da Embasa, José Correia Lavigne, a construção da ETE do Mambape, operada pela Embasa, foi uma obra do Governo do Estado da Bahia executada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER), entre os anos de 1989 e 1990, quando a Embasa começou a operar para atender os esgotos da Urbis 1 e posteriormente da Urbis 2, que sobem por estação elevatória, com demanda atual para atendimento de aproximadamente 2000 casas. Ele explica que não existia nenhuma construção ao redor dos muros da ETE quando a Embasa começou a atuar, mas ao longo do tempo, no prolongamento do caminho 45 da Urbis, diversas invasões foram ocasionadas com construções irregulares nos entornos da estação. “Um crescimento completamente desorganizado. Antes, quando começamos a operar, não existia nenhuma casa no Mambape”, garantiu o gerente da Embasa.
Dados levantados pelo projeto da professora Geórgia Couto, informam que a população local “sobrevive da atividade da catação de mariscos, que devido à destruição dos manguezais, tornaram-se escassos”, além das necessidades de urbanização, acesso à saúde, educação, dificuldades que a população local enfrenta para a geração de renda, as condições de água encanada, saneamento básico da ETE operada pela Embasa e a poluição do manguezal.
Denúncias
Segundo uma moradora e marisqueira residente há 21 anos no Mambape, Maria Jesus, conhecida como Lia, a ETE derrama esgoto ‘in natura’ no manguezal. Ela afirma que não tem acesso à água encanada e recebe taxa de cobrança por uma água que não consome. “Tiramos a caixa que eles (Embasa) colocaram em cima da casa. Depois disso, vieram 6 meses de conta de água que nós não estávamos usando e não iríamos pagar, pois só pagaríamos a água se eles colocassem o cano geral, e estão cobrando usando o nosso cano”, disse. Ela afirma que não há monitoramento da ETE, “diversas vezes esquecerem a estação ligada, o esgoto transbordou e chegou a invadir as casas de alguns moradores”.
O gerente da Embasa, Lavigne, rebate a informação e afirma que cerca de 70% da população do Mambape recebe água encanada em casa, com 446 ligações de água, “a embasa só manda recibo se a pessoa está cadastrada. Água cai lá todo dia”, e 157 têm ligações de esgoto, que desce por tubulação para a Urbis para ser bombeado para a ETE pela estação elevatória. “Onde tem rede que passa pela porta da casa, a gente coleta”, afirmou o gerente. Perguntado da razão pela qual a questão do esgotamento sanitário não é completamente solucionada no Mambape, o gerente explica que “existem moradores que tem a casa com a declividade invertida, e eles não querem levantar seus sanitários e transferir para a rede, além da resistência à questão da taxa cobrada pelo esgotamento sanitário”.
A Bahia recebe durante este fim de semana o segundo grupo de profissionais do programa Mais Médicos. São 310 profissionais, dos quais 277 são estrangeiros ou brasileiros que concluíram o curso de medicina no exterior e 33 que se formaram no Brasil. O desembarque acontece na Base Aérea de Salvador e a primeira aeronave chegou por volta das 8h30 deste sábado (26), com 85 cubanos que estavam em treinamento na cidade de Vitória, no Espírito Santo.
Além dos cubanos, vão desembarcar em Salvador médicos venezuelanos, portugueses, bolivianos e espanhóis. Durante esta semana eles participarão de um curso sobre a cultura e as características epidemiológicas da região onde vão trabalhar. O curso será ministrado no Instituto Anísio Teixeira e é coordenado pela Secretaria da Saúde. Na próxima sexta (1º) acontece o encerramento da atividade e o encaminhamento dos profissionais para as 138 cidades beneficiadas nesta fase do programa.
O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado Elmar Nascimento (DEM), jogou nesta quinta-feira (dia 24), no plenário, um balde de água fria na esperança dos servidores públicos de ainda receber o pagamento da URV, uma promessa de campanha do governo Wagner. “O servidor público pode esperar sentado o dia em que irá receber o pagamento da URV neste governo, pois não vai receber um centavo. A não ser que haja sequestro de recursos por determinação da Justiça, porque o governo está quebrado, insolúvel”, avisou.
O parlamentar lamentou as explicações sobre os motivos do grande atraso no pagamento às empresas prestadoras de serviços dadas pelo secretário da Fazenda, durante audiência pública de prestação de contas do segundo quadrimestre realizada quarta-feira última, consideradas por ele pouco esclarecedoras. “O secretário se enrolou todo, gaguejou e não deu resposta”, completou, lembrando que há empresários que acreditaram no governo, participaram de licitação, executaram o serviço e não receberam nada, o que está levando muitos à falência. “Principalmente os pequenos, pois os grandes, como OAS e Odebrecht, que foram doadores de campanha, não têm problema de caixa, pois receberam tudo”.
A água distribuída em Canavieiras pela Embasa, nos meses de setembro e outubro, continua atendendo aos parâmetros físicoquímicos e bacteriológicos da Portaria 2.914/11 do Ministério da Saúde (MS). Os laudos divulgado pela empresa Hidroquímica – Consultoria em Tratamento de Águas e Efluentes atestam a boa qualidade da água fornecida pela empresa Embasa.
A aferição por um laboratório externo atende à medida liminar referente à ação civil pública no Juízo da Vara Cível da Comarca de Canavieiras.
A Embasa está divulgando, mês a mês, até o fim do processo judicial, o resultado das análises feitas por laboratório externo em seu site, na internet, no escritório de Canavieiras ou na unidade regional da empresa em Itabuna.
Confira aqui os laudos dos meses de setembro e outubro divulgados na seção Análise da Qualidade da Água.