Artigo do professor Reinaldo Soares.
Na sociedade atual, cada vez mais as necessidades são ampliadas, daí o que é essencial e não essencial?
Em nome da preservação da vida e da saúde, decretos são publicados com decisões de fechamento de atividades econômicas com a justificativa de reduzir aglomerações e assim impedir a disseminação do contágio do COVID 19. Decisão honrosa, se não fosse contraditória e seus resultados questionáveis. Vejamos:
Enquanto o comércio é fechado, a feira livre funciona.
As academias, enquanto espaços que promovem a saúde física e mental são fechadas, mesmo que sejam consideradas essenciais.
O Aeroporto e Rodoviária estão em pleno funcionamento, sem equipes sanitárias para monitorar quem chega na cidade.
O transporte coletivo continua funcionando com redução da frota, provocando aumento da lotação de passageiros.
Possuímos quatro entradas, em nenhuma delas, temos barreiras sanitárias.
É preocupante a situação que vivemos com dezenas de perdas irreparáveis. Pessoas próximas e distantes vitimadas pelo COVID, dilacerando famílias e interrompendo sonhos.
Presenciamos também, centenas de estabelecimentos sendo fechados, elevando o endividamento empresarial sem compensação tributária, provocando alta taxa de desemprego e agravamento das condições sociais.
Nosso grande desafio é manter a segurança sanitária e o funcionamento das atividades econômicas. A definição do que é essencial para manter funcionando e não essencial para fechar, não deve ser uma decisão simplista e protocolar. As decisões até aqui realizadas, além de não reduzir as taxas de contágio, tem aumentado a crise econômica.
Que a politização da pandemia, dê espaço ao bom senso, à sensatez e senso republicano de governar com coerência e justiça.
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