A Central de Abastecimento do Malhado, interditada pelo Estado neste sábado (2), será reaberta pela Prefeitura de Ilhéus neste domingo (3). O anúncio foi feito pelo Prefeito Mário Alexandre, após o diálogo da gestão municipal com os feirantes e o atendimento das necessidades identificadas pela Vigilância Sanitária do Estado da Bahia.
“Amanhã [domingo, 3 de maio], com muito trabalho, com muita luta, atendendo todas as necessidades da Vigilância Sanitária para os cuidados da saúde do nosso cidadão e dos feirantes, estaremos reabrindo a Central de Abastecimento com toda a qualidade, com tudo tranquilo e também com toda a segurança em relação ao coronavírus, para o distanciamento e uso de máscaras. Isso é fundamental”, declarou Mário Alexandre em vídeo publicado nas redes sociais.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) disponibilizará Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para os feirantes da Central de Abastecimento na próxima semana, que também serão contemplados com a doação de 150 novas barracas que a Prefeitura de Ilhéus viabiliza para a segurança e proteção de todos.
Aconteceu nesta sexta (1º) e sábado (2), e que continuará neste domingo (3), o cadastramento dos feirantes para o recebimento das barracas e organização do espaço da feira do Malhado.
A Prefeitura de Ilhéus concluiu hoje a testagem dos 67 idosos residentes no Abrigo São Vivente de Paulo por meio da barreira sanitária realizada pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). A atividade foi realizada nesta sexta (1º) e sábado (2), e segue até segunda-feira (4) com a testagem também dos 45 colaboradores da instituição, tanto os que trabalham no próprio abrigo quanto os cuidadores particulares.
De acordo com informações da Sesau, uma equipe de dois biomédicos da Vigilância Epidemiológica realiza os testes do tipo swab – que coleta materiais da narina e faringe – e encaminha para a análise do Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen).
A Sesau e a instituição, por entenderem que o Abrigo São Vicente de Paulo é grupo de risco de Ilhéus, viram a necessidade de ser realizada essa barreira sanitária após o período da vacinação, em que os idosos foram todos imunizados no período da campanha de vacinas da gripe.
O titular da Sesau, Geraldo Magela, destacou a importância da ação. “Com base no protocolo do Ministério da Saúde, a partir dos 60 anos é necessária a testagem. Todos os idosos do Abrigo São Vicente de Paulo e pessoas em contato com eles estão sendo testados. Essa barreira sanitária é importantíssima para detectar se há algum caso de Covid-19 no local, para o devido controle e segurança desse grupo de risco”. Magela destaca que a saúde tem realizado constantemente outras barreiras sanitárias de caráter educativo nos bairros, por meio das ações dos agentes de endemias e agentes comunitários, orientando a população acerca dos cuidados, higiene e prevenção contra o coronavírus.
O coordenador do abrigo, Flávio Soares, informou que “após o período da vacinação da gripe, uma idosa apresentou sintomas gripais, febre de 37, tosse e foi imediatamente isolada na casa de retiro. O teste foi realizado e o resultado deu como indeterminado, tendo sido repetido o teste para a saída do isolamento dela, tendo em vista que essa idosa já não apresenta nenhum sintoma há mais de 15 dias. Outros dois idosos estão com sintomas gripais, mas sem febre. É muito importante essa ação e o olhar da prefeitura sobre os nossos idosos, tendo em vista a vulnerabilidade e a necessidade da proteção deles. Agradecemos aos ilheenses que nos ajudaram e ajudam com as doações”, destacou Sorares.
Trabalhadores e feirantes que atuam na Central de Abastecimento do Malhado chegaram na manhã deste sábado (02) para trabalhar e se depararam com todo o complexo da feira interditado com fitas isolantes pela Vigilância Sanitária do estado, e por forte aparato policial.
Em protesto, os feirantes ocuparam a Av. Ubaitaba, e tentavam entender o fechamento sem nenhum aviso prévio, para que pudessem ter feito um planejamento para diminuir o prejuízo na economia.
Vídeo:
Durante a manifestação, alguns feirantes revoltados chegaram a se dirigir ao supermercado Meira, exigindo o fechamento do estabelecimento, alegando que no local também há uma forte movimentação de pessoas e fica localizado em frente à Central.
Policiais se colocaram entre os feirantes e o estabelecimento, impedindo que o pior viesse a acontecer.
Alguns feirantes alegam que o governo do Estado não deu tempo para os trabalhadores se organizarem, e muitos protestavam com legumes e hortaliças nas mãos.
Alguns líderes da manifestação exigiam a presença e uma ação do prefeito Mário Alexandre para que a Central fosse reaberta.
Todo o trânsito na avenida Ubaitaba nas proximidades da Central de Abastecimento está fechado.
O anúncio da interdição da Central foi feita Secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Villas-Boas, nesta sexta-feira (01), durante sua visita ao Centro de Atendimento Covid-19, no Centro de Convenções de Ilhéus.
Dois túneis de desinfecção desenvolvidos pelo Senai-Cimatec serão instalados nos hospitais Costa do Cacau, em Ilhéus, e Calixto Midlej Filho, em Itabuna, ambos voltados exclusivamente para o atendimento de pacientes da Covid-19. Os equipamentos, projetados para ofertar mais segurança para os profissionais de saúde das unidades hospitalares, saíram na manhã desta sexta-feira (01) de Salvador e serão instalados a partir deste sábado (02).
Os túneis possuem formato de um corredor de 2,5 metros, pelo qual o profissional de saúde passa ao final do seu expediente, antes da retirada do Equipamento de Proteção Individual (EPI), para desinfecção. Cada equipamento possui estrutura de alumínio, com tubulação de PVC, uma bomba de alta pressão e bicos aspersores que fazem o processo de nebulização de uma solução de hipoclorito.
“Este é um equipamento inovador que vai garantir mais segurança para os profissionais de saúde que estão na ponta, prestando atendimento às pessoas com sintomas da Covid-19. A gente sabe que o Coronavírus tem infectado profissionais no mundo inteiro e é muito importante proporcionar esta segurança no ambiente hospitalar. Três destes túneis estão funcionando em Salvador, no Hospital Espanhol, Hospital Santo Antônio, das Obras Sociais Irmã Dulce, e Instituto Couto Maia, em Salvador. Outras unidades de saúde também receberão túneis de desinfecção”, destaca o secretário estadual do planejamento, Walter Pinheiro.
O equipamento foi desenvolvido sob a supervisão do infectologista Roberto Badaró, pesquisador chefe do Instituto de Tecnologia da Saúde do Senai Cimatec. “A gente sabe que a contaminação do profissional da área da saúde, cerca de 50% ocorre não no contato com o paciente, mas quando ele vai tirar a capa, o gorro, a máscara, ou seja, quando ele vai se desparamentar. Ao passar pelo túnel de desinfecção e receber o spray, o profissional pode retirar estes equipamentos de proteção individual sem risco de contaminação”, explica Badaró.
A Prefeitura de Ilhéus, por meio de uma ação conjunta de diversas secretarias e a Associação da Central de Abastecimento do Malhado (Ascam), realizou na manhã deste 1º de maio o cadastramento dos feirantes como preparação para a reorganização da feira.
A ação, que conta com a coordenação e plano de estudo realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SDE), é operacionalizada pela Superintendência de Indústria e Comércio para o cadastramento dos feirantes juntamente com a Ascam, o acompanhamento das secretarias de Meio Ambiente, de Serviços Urbanos (Secsurb), de ordem Pública por meio do apoio da Guarda Civil Municipal, da Polícia Militar para a segurança da atividade e da Superintendência de Transporte, Trânsito e Mobilidade (Sutram) para a organização do fluxo de veículos nas vias.
“No último decreto, o prefeito Mário Alexandre determinou a realização desta iniciativa que tem como objetivo a reorganização da feira, com novas barracas, tendo em vista a necessidade de atnder as recomendações de higiene e distanciamento entre as barracas. Os feirantes contarão com a limpeza e desinfecção do local, e receberão novas barracas”, explicou o titular da SDE, Vinícius Briglia.
O Governo do Estado está doando 150 barracas para esta iniciativa, cuja montagem será realizada pela Secsurb, na próxima semana. Uma verdadeira força tarefa que visa a manutenção das atividades dos feirantes neste período de pandemia.
A Bahia registra 3.140 casos confirmados de Covid-19, o que representa 21,3% do total de casos notificados no estado. Considerando o número de 697 pacientes recuperados e 117 óbitos, 2.326 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e com sintomas da Covid-19, o que são chamados de casos ativos.
Os casos confirmados ocorreram em 137 municípios do estado, com maior proporção em Salvador (63,54%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 1.000.000 habitantes são: Ilhéus (1336,81) Uruçuca (1072,18), Itabuna (923,92), Coaraci (765,02) e Salvador (694,55).
O boletim epidemiológico registra 7.931 casos descartados e 14.743 notificações em toda a Bahia. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais.
Taxa de ocupação
Na Bahia, dos 791 leitos disponíveis do Sistema único de Saúde (SUS) exclusivos para Covid-19, 306 possuem pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 39%. No que se refere aos leitos de UTI adulto e pediátrico, dos 318 leitos exclusivos para o coronavírus, 159 possuem pacientes internados, compreendendo uma taxa de ocupação de 50%. Cabe ressaltar que novos leitos serão abertos progressivamente mediante o aumento da demanda.
Ilhéus registra o 5º óbito
Nesta sexta (1º), os dados divulgados de Ilhéus são 217 casos positivos, 63 atendimentos realizados hoje, 435 descartados, 65 aguardando resultado do Lacen, 250 casos monitorados, 1162 pessoas liberadas do monitoramento e que apresentaram síndrome gripal, 3332 notificações, 11 pessoas internadas na UTI e 5 óbitos.
116° Óbito da Bahia foi um homem de 49 anos residente em Ilhéus. Apresentou os primeiros sintomas no dia 14 de abril e foi a óbito no dia 30 de abril em um hospital público de Salvador. Não tinha registro de comorbidades.
Para acessar o boletim completo, com a lista de municípios com casos confirmados, clique aqui.
O Secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Villas Boas, declarou que o governo baiano interditará no sábado (2), toda a Central de Abastecimento do bairro do Malhado, na cidade de Ilhéus.
O anúncio surpreendeu a todos os presentes na manhã deste 1° de maio, na ocasião da visita que Villas Boas realizou ao Centro de Atendimento Covid-19, no Centro de Convenções de Ilhéus.
A Prefeitura de Ilhéus realizou na manhã desta sexta-feira uma força tarefa para o cadastramento dos feirantes para o recebimento de novas barracas doadas pelo Estado. A Prefeitura de Ilhéus visa a reorganização da Central de Abastecimento, conhecida como feira do Malhado, com a organização das barracas para a reabertura da feira.
“Sabemos da importância da continuidade da comercialização dos produtos agrícolas vindos do interior e, por isso, trabalhamos para a manutenção das atividades dos feirantes e o consumo com os devidos cuidados para a prevenção do coronavírus”, declarou o Prefeito Mário Alexandre.
De acordo com Villas Boas, é a Vigilância Sanitária do Estado que realizará essa interdição, por meio de um decreto estadual.
O Ministério da Infraestrutura publicou nesta quinta-feira (30), no Diário Oficial da União, portaria prorrogando o prazo de validade de credenciais do passe livre em transporte coletivo interestadual para pessoas com deficiência em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A medida vale para os documentos vencidos a partir de março de 2020 que serão renovados automaticamente até 31 de dezembro deste ano.
De acordo com a pasta, a decisão foi tomada diante da “necessidade de adoção de medidas para conter a transmissão do novo coronavírus (covid-19), evitando a necessidade de deslocamentos e a concentração de pessoas em estabelecimentos públicos”.
A portaria diz que a credencial de passe livre tem validade de três anos, a contar da data de sua expedição, e que a sua renovação se dará por manifestação do interessado, “encaminhada ao órgão responsável, ou ao órgão ou entidade conveniada e detentora do processo.”
A pandemia de COVID-19 é um evento dinâmico e de longo prazo que exigirá um desenvolvimento quase constante de estratégias proativas para solução de problemas.
A medicina moderna tem muito, mas muito pouco, a oferecer como tratamento específico. A necessidade de contratação de pessoal especializado, aquisição de equipamentos – principalmente ventiladores pulmonares – e a montagem de uma cadeia confiável de suprimentos, conspiram contra os esforços para estruturação de uma rede de atendimento adequada. Como vamos lidar com os milhares de pacientes que precisarão de cuidados?
Primeiro, precisamos trabalhar para garantir que as intervenções baseadas na população – incluindo ações de distanciamento social, quarentena e isolamento – sejam tomadas com rapidez e prudência. Segundo, podemos usar os fundamentos estabelecidos pela ciência para guiar estratégias de intervenção.
Sob a liderança do Governador Rui Costa, estabelecemos uma Central de Comando e Controle da Saúde. Utilizando princípios bem desenvolvidos de planejamento de ações para gerenciamento de crises, expandimos drasticamente o acesso aos testes diagnósticos por meio do fortalecimento do Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN). Ampliamos e descentralizamos a oferta de exames de biologia molecular (RT-PCR, padrão ouro) para garantir a classificação adequada de pacientes internados.
Paralelamente, elaboramos um plano para acrescentar mais de 1 mil novos leitos hospitalares, exclusivos para Covid-19. Para otimizar a eficiência do atendimento e das transferências via central de regulação, vinte e cinco Centrais Regionais de Triagem foram abertas em todo o estado.
A proteção dos profissionais de saúde também é essencial. Não enviaríamos soldados para a batalha sem coletes balísticos. Para tanto, estamos sendo estratégicos em nossos planos para o uso de EPIs e considerando alternativas extraordinárias, incluindo o emprego de máscaras de tecido, para uso generalizado da população. Montamos um programa de testagem universal para profissionais de saúde, oferecendo RT-PCR em coleta rápida, padrão “drive-through”, para identificar aqueles profissionais assintomáticos carreadores do vírus.
Nosso platô de crescimento só será atingido entre meados de junho e julho. Não é possível continuar crescendo a taxas diárias superiores a 8%. Precisamos inspirar e mobilizar o público para aderir às medidas preconizadas, imediatamente. Nesse esforço total, todos têm um papel a desempenhar e praticamente todos estão dispostos.
O objetivo não é achatar a curva; o objetivo é esmagar a curva. E com inteligência suficiente poderemos em breve começar a reativar a economia, sem colocar vidas adicionais em risco.
Fábio Vilas-Boas – Doutor em Ciências e Secretário Estadual da Saúde da Bahia.
Os resultados de um ensaio clínico nos Estados Unidos (EUA), divulgados nessa quarta-feira (29), mostram que os pacientes que foram medicados com Remdesivir apresentaram recuperação mais rápida da infecção pelo novo coronavírus. A Administração Federal de Alimentos e Medicamentos estuda editar uma autorização de emergência para o uso desse fármaco.
O ensaio clínico, conduzido pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, estudou mais de mil pacientes gravemente infectados com o novo coronavírus em 75 hospitais em todo o mundo e concluiu que os doentes que foram tratados com Remdesivir apresentaram recuperação 31% mais rápida do que aqueles que apenas receberam um placebo.
O tempo de recuperação com Remdesivir – o antiviral desenvolvido contra o ébola – diminui de 15 para 11 dias. Os cientistas também sugerem que o medicamente pode ter influência na sobrevivência.
Segundo o estudo, no grupo de pessoas que recebeu a medicação, 8% morreram, menos 3% do que aqueles que receberam um placebo. Ainda não foi encontrada uma cura para a covid-19 e, por isso, o Remdesivir – produzido pela farmacêutica norte-americana Gilead – poderá ser utilizado para ajudar em melhor e mais rápida recuperação.
Em comunicado, a Gilead Sciences disse ter “conhecimento dos dados positivos emergentes do estudo do Instituto Nacional das Alergias e Doenças Infecciosas” e que “o ensaio cumpriu os seus objetivos principais”.
Para o diretor do Instituto de Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, os dados mostram que o Remdesivir tem efeito claro, significativo e positivo em diminuir o tempo de recuperação. Ele falou na Casa Branca, ao lado do presidente norte-americano, Donald Trump. Fauci considera que foi comprovado que um medicamente pode bloquear esse vírus”. “Esse será o padrão de tratamento”, afirmou.
Os especialistas também concordam que os resultados trazem esperança no combate à pandemia. “Esses resultados são realmente promissores. Eles mostram que esse medicamente pode melhorar claramente o tempo de recuperação”, disse o professor e diretor da Unidade de Ensaios Clínicos da Universidade de Londres, Mahesh Parmar, citado pelo jornal The Guardian.
O professor lembrou, no entanto, que é necessário garantir certos aspectos antes de disponibilizar amplamente o remédio.
“Os dados precisam ser revistos por entidades reguladoras, que avaliem se o medicamento pode ser licenciado e, em seguida, analisados pelas autoridades de saúde de vários países. Enquanto isso estiver sendo processado, obteremos mais dados a longo prazo desse e de outros estudos”.
Autorização de emergência
Na sequência dos resultados positivos, a Administração Federal de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) pretende emitir autorização de emergência para o fármaco Remdesivir. De acordo com o jornal The New York Times, essa autorização pode ser dada na próxima semana.
Em declarações à CNN, a FDA disse estar em negociações com a Gilead Sciences sobre a disponibilização do medicamento aos pacientes:
“Como parte do compromisso da FDA em acelerar o desenvolvimento e a disponibilidade de possíveis tratamentos para a covid-19, a agência tem estado envolvida em discussões com a Gilead Sciences a respeito da disponibilização do Remdesivir aos pacientes o mais rápido possível, conforme apropriado”, disse o porta-voz da FDA, Michael Felberbaum.
Uma autorização de emergência não é equivalente a uma aprovação formal. Significa que em casos de emergência sanitária nacional podem ser certos medicamentos, caso não existam alternativas.
Opiniões contraditórias
O Remdesivir está entre os vários medicamentos testados contra o novo coronavírus. Apesar desses resultados positivos, a eficácia do antiviral contra a covid-9 ainda tem informações contraditórias.
Os resultados do estudo, do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infeciosas, surgem depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter publicado os resultados preliminares de um primeiro trabalho com esse fármaco, que estava sendo desenvolvido na China. Os resultados mostravam que o Remdesivir tinha fracassado nos primeiros testes, mas a OMS entretanto retirou o documento da internet.
A Gilead Sciences criticou o estudo da China, considerando que ainda é cedo para excluir totalmente o potencial do medicamento. Em declaração, Gilead lamentou os dados publicados, “uma vez que a pesquisa, devido à baixa amostra, foi insuficiente para permitir conclusões estatisticamente significativas. Como tal, os resultados são inconclusivos”.
No estudo realizado na China, entre 6 de fevereiro e 12 de março, em dez hospitais de Wuhan, participaram 237 doentes, dois terços dos quais foram tratados com Remdesivir.
A revista The Lancet publicou um resumo do trabalho, onde é declarado que “o tratamento com Remdesivir não acelera a cicatrização nem reduz a mortalidade da covid-19, em comparação com o placebo”.
“Infelizmente, o nosso ensaio mostrou que embora seguro e bem tolerado, o Remdesivir não mostrou nenhum benefício significativo em comparação ao placebo”, comentou o autor principal do estudo, o professor Bin Cao, citado em comunicado da The Lancet.
O principal pesquisador do ensaio clínico conduzido pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infeciosas disse à CNN que o medicamento “não é o fim da história” relativamente a possíveis tratamentos para a covid-19. “Temos muito trabalho pela frente. Estamos procurando outras terapias. Vamos continuar com o estudo”, disse Andre Kalil.