No sul da Bahia a prorrogação das restrições de todas as atividades não essenciais no estado gerou protestos nas redes sociais e debates acalorados sobre a necessidade de fechamento do comércio.
Na manhã desta segunda-feira (01), aconteceu uma manifestação pelas principais avenidas de Itabuna contra o fechamento do comércio.
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O presidente do CDL de Itabuna, Carlos Leahy, se manifestou na noite do domingo chamando a prorrogação das restrições de palhaçada.
– A coisa não pode ser feita dessa forma. A partir de amanhã vamos prorrogar mais dois dias. Domingo, oito horas da noite? Se é para ter lockdown por 3, 4, 5 dias, decreta logo 5 dias e não ficar com essa palhaçada, do jeito que está aí, de uma hora para outra, domingo, 20 horas, anunciar que vai ser prorrogado – disse ele em áudio enviado à filiados à CDL.
O presidente do CDL-Ilhéus, Adriano Clemente classificou a ampliação das restrições como uma “apunhalada pela costas “, durante entrevista ao programa O Tabuleiro.
“Não podemos sair atirando. Fomos apunhalados pelas costas ontem.Como o comércio se planeja? Como o comerciário compra suas mercadorias? Não podemos pagar esse pato” , indignou-se Anselmo.
Em Ilhéus algumas lojas abriram as portas nesta segunda-feira, sob protestos, desrespeitando o decreto estadual. Outros comerciantes reclamavam da falta de fiscalização. “ Nós fechamos e atendemos ao decreto. Outros abrem as portas. Desse jeito não dá. Cadê a fiscalização ?”, explicitou um comerciante ao Agravo.
O fechamento do comércio divide até representantes da prefeitura de Ilhéus.
Ao Blog Agravo, um preposto da prefeitura que pediu anonimato, comentou; “Os comerciantes têm razão, uma vez que a ação do governador foi feita sem um planejamento e o comércio não é o vilão da disseminação do vírus ; por outro lado, penso que a desobediência civil não soluciona a questão, apenas acirra os ânimos dos envolvidos”.