O Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus (IHGI), encaminhou ofício enviado à Prefeitura Municipal, solicitando que o prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), garanta efetividade à legislação que protege o patrimônio histórico e cultural do município.
O documento encaminhado pela IHGI, através do seu presidente, o professor Euzner Teles, considera urgente a necessidade da criação, pelo Poder Público, de uma política pública que seja claramente voltada para a promoção e defesa do nosso Patrimônio Cultural, com a pertinente à regulamentação, mediante instrumentos específicos voltados para a gestão do Patrimônio Histórico Cultural do município.
O texto cita o desabamento de parte da fachada do antigo prédio da Marinha Mercante, ao lado da Praça Coronel Pessoa, no Centro. O incidente aconteceu no dia 20 de janeiro de 2021. O episódio, diz o texto do ofício, “leva-nos a acentuar o apelo sobre a necessidade urgente de restauração, recuperação e reutilização dos prédios que compõem o sítio histórico cultural da cidade”.
No documento, o presidente do IHGI destaca alguns imóveis que devem ser contemplados por uma política de preservação, a exemplo da Casa de Jorge Amado, o antigo prédio da Marinha Mercante, o Palácio Episcopal, o General Osório (Biblioteca Adonias Filho) e a sede União Protetora dos Artistas e Operários de Ilhéus, localizada na Avenida 2 de Julho.
O resgate desse patrimônio deve mobilizar esforço de divulgação sobre a sua relevância para a identidade e o sentido de pertencimento do ilheense, afirma Euzner Teles.
No ofício, ele também reconhece as dificuldades da situação atual, no meio da pandemia de Covid-19, mas ressalta que ignorar a preservação do patrimônio histórico seria uma afronta ao aparato jurídico que regula a política cultural do país e “um desrespeito, de todos nós, às gerações futuras”.
Segundo o professor Euzner Teles, “o que está em jogo é a perpetuação da história e da nossa própria identidade”. O Instituto Histórico e Geográfico de Ilhéus é uma entidade criada em 28 de junho de 1953 e é considerado, pela Câmara de Vereadores, de utilidade pública municipal.