O governador da Bahia, Rui Costa (PT), que está em seu segundo mandato e enfrenta um momento crítico no estado com o avanço da pandemia, segue bem avaliado pela população, segundo levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 20 e 24 de março
A gestão do petista é aprovada por 68,5% dos entrevistados e desaprovada por 26,8%. Entre os consultados, 55,1% consideram a administração de Rui Costa ótima ou boa, enquanto 24,2% a avaliam como regular – 18,5% consideram o desempenho ruim ou péssimo.
A boa avaliação permite ao petista aparecer à frente do presidente Jair Bolsonaro em sondagem para a eleição presidencial de 2022 – o nome do petista surgia com frequência como presidenciável, mas o quadro mudou após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter recuperado os seus direitos políticos e se tornado o candidato mais natural do partido para a corrida ao Planalto.
Segundo o levantamento, Rui Costa teria 28,5% dos votos contra 25% de Bolsonaro em uma hipotética corrida presidencial – a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o que deixa ambos em condição de empate técnico.
Já o ex-presidente Lula venceria Bolsonaro com alguma facilidade (40,4% a 24,7%) no estado, que é um dos que mais reprovam o governo Jair Bolsonaro. Segundo o Paraná Pesquisas, a gestão do presidente tem a desaprovação de 59,2% entre os baianos. Quando a pergunta é sobre a classificação que dão à gestão, 50,7% a consideram ruim ou péssima (veja quadros abaixo)
Senado
A boa avaliação de Rui Costa também o torna favorito na corrida pela vaga ao Senado que estará em disputa em 2022. O petista tem 45,5% das intenções de voto contra 9% do atual senador Otto Alencar (PSD) — que terá que renovar o mandato –, 7,3% do ex-deputado federal José Ronaldo (DEM) e 4,3% do deputado federal Cacá Leão (PP).
A única má notícia para o PT na Bahia é a pesquisa para o governo do estado, na qual o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) lidera com mais de 25 pontos de diferença para o senador Jaques Wagner (PT), segundo o Paraná Pesquisas
Uma eventual vitória de ACM Neto colocaria fim a uma hegemonia do PT que já dura quatro mandatos e que começou com o triunfo do próprio Jaques Wagner sobre Paulo Souto (PFL) em 2006, resultado que colocou fim ao domínio que vinha desde os anos 1970 do carlismo, movimento liderado pelo ex-senador, ex-prefeito, ex-ministro e ex-governador Antônio Carlos Magalhães, avô de ACM Neto.
A pesquisa foi feita por telefone com 2.002 eleitores de 186 municípios da Bahia.