A Igreja Católica de Ilhéus tem um novo bispo: Dom Giovanni Crippa I.C.M. (Instituto Missionário Consolat) O mandato foi feito pelo Papa Francisco, e divulgado na manhã desta quarta-feira (11). Ele está vindo da diocese de Estância, em Aracaju. Ainda não está definida a data e a programação da sua posse.
A informação foi dada pelo bispo atual, dom Mauro Montagnoli, que está a frente da Diocese de Ilhéus há 26 anos e completou 75 anos de idade tendo o seu pedido de aposentadoria aceita pelo Vaticano
O novo Bispo de Ilhéus, dom Giovanni Crippa, filho da Itália, membro do Instituto Missionário Consolata. Atuou como sacerdote em Feira de Santana e foi bispo auxiliar na Arquidiocese de São Salvador, na Bahia.
Dom Guiovanni Crippa enviou uma carta endereçada a diocese de Ilhéus, destacando e saudando a todos os fiéis;
Queridos irmãos e irmãs da Diocese de Ilhéus,
A partir de hoje, por mandato do Papa Francisco, a quem saúdo reverente, entro a fazer parte da história desta Igreja Particular como Bispo eleito.
Recebi com surpresa esta nova nomeação. Como cristão e como bispo, tenho certeza que a missão sempre nos chama. A missão é sempre maior do que nossos sonhos e projetos. Assim, confortado pelas palavras do evangelho, diante do convite que Jesus dirigiu a Simão: “Avance para águas mais profundas, e lancem as redes para a pesca” (Lc 5, 4), respondi com as mesmas palavras do apóstolo: “em atenção à tua palavra, vou lançar as redes “(v. 5).
Vivi meus primeiros nove anos de serviço episcopal com alegria e dedicação, primeiro como bispo auxiliar da Arquidiocese de São Salvador da Bahia e depois como bispo da amada Diocese de Estância. Com as mesmas intenções e com humildade, quero abraçar este novo desafio, assegurando-lhes desde agora minhas orações e pedindo-lhes humildemente as suas. Espero ser tudo para todos e com todos contar na missão que me é confiada.
Quero expressar uma cordial saudação a cada irmão e irmã, membro do Povo santo de Deus desta, já querida, Diocese de Ilhéus, no desejo de encontra-los quanto antes apesar das limitações impostas pela pandemia.
Meu agradecimento fraterno a Dom Mauro Montagnoli que por 26 anos foi o vosso pastor e que – tenho certeza – continuará a acompanhar-nos com o afeto e a oração.
Uma saudação afetuosa a todos os sacerdotes e diáconos, não apenas colaboradores necessários do ministério episcopal, mas também protagonistas essenciais de um autêntico caminho eclesial alicerçado na comunhão e na missão.
Convido os religiosos e as religiosas a continuarem a enriquecer a Igreja com os seus dons, também eles necessários para o anúncio da fé e a credibilidade do nosso testemunho cristão.
Meu maior incentivo aos seminaristas, aos jovens e a todos aqueles que se deixam iluminar pelo Senhor Jesus para assim compreender as opções a serem feitas na vida. Minha admiração por aqueles que no casamento cristão constroem hoje uma família mais do que nunca chamada a ser protagonista e sujeito da ação evangelizadora na sua insubstituível missão na Igreja e no mundo.
Saúdo cordialmente aos membros das mais diversas pastorais e movimentos, as lideranças que procuram animar as “comunidades eclesiais missionárias”, bem como todos os cristãos leigos e leigas presentes nos municípios que compõem a Diocese.
A todas as autoridades civis e militares, aos representantes de outras Igrejas e Instituições, a todas as pessoas comprometidas com o bem comum, minha saudação fraterna, juntamente com a promessa de compartilhar com eles a beleza do serviço.
Desejo orientar meu trabalho conforme escreve o Santo Padre Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium: “O Bispo deve favorecer sempre a comunhão missionária na sua Igreja diocesana, seguindo o ideal das primeiras comunidades cristãs, em que os crentes tinham um só coração e uma só alma (cf. At 4, 32). Para isso, às vezes pôr-se-á à frente para indicar a estrada e sustentar a esperança do povo, outras vezes manter-se-á simplesmente no meio de todos com a sua proximidade simples e misericordiosa e, em certas circunstâncias, deverá caminhar atrás do povo, para ajudar aqueles que se atrasaram e, sobretudo, porque o próprio rebanho possui o olfato para encontrar novas estradas” (EG 31).
Escolhi como lema do meu serviço episcopal a expressão paulina: “In aedificationem corporis Christi”, ou seja, “para a edificação do Corpo de Cristo” (Ef 4, 12). Vamos juntos, povo e pastor, assumir este grande desafio!
Que a intercessão da Virgem Maria, infunda no meu coração uma generosa e renovada doação a Cristo e a sua Igreja. Que o exemplo e o ardor missionário do bem- aventurado José Allamano (fundador dos Missionários da Consolata, Congregação à qual pertenço) me acompanhem na missão de levar a mensagem do Evangelho a cada pessoa que Deus irá colocar ao longo do meu caminho.
A todos abraço. Sobre todos invoco a bênção divina.