O Movimento Juntos Somos + Fortes participou de Tribuna Popular na Câmara Municipal de Salvador realizada na manhã de hoje (18). A categoria promoveu o debate sobre a segurança pública na capital e a valorização dos profissionais da Polícia Civil do Estado da Bahia.
Durante a Tribuna Popular, o Movimento Juntos Somos + Fortes foi representado por Eustácio Lopes, presidente do SINDPOC, que solicitou ao presidente da Câmara, vereador Geraldo Júnior (MDB), a realização de uma audiência pública em razão da crescente violência enfrentada pela população de Salvador e de toda a Bahia.
Em sua fala, Lopes mencionou os mais de 960 casos de assaltos a coletivos e a ausência da PCBA em mais de 100 municípios do Estado para ilustrar a relação entre a urgência de mudança nas políticas de segurança pública e a alta da violência. “Oito anos de repressão e ostensividade não resolveram. Nós estamos hoje, pelo terceiro ano consecutivo, caminhando para ser tricampeão de homicídios no Brasil. Enquanto no resto do país há uma redução de 5,5%, na Bahia há um aumento da violência de 7,5% e faltam ações de inteligência, faltam ações de investigação. São mais de 15 mil processos arquivados sem definir autoria e materialidade”, explicou Lopes, indicando a necessidade de discutir o papel da Polícia Civil na investigação e no combate à criminalidade, bem como fortalecimento de ações de inteligência.
Sobre a violência intensificada, o presidente do SINDPOC relatou que franquias criminosas como PCC e Comando Vermelho se expandiram no Nordeste, adotando nomes distintos como BDM e Facção do Povo, contribuindo para alta da criminalidade.
O representante do Movimento apontou que a Polícia Civil precisa de oportunidade para debater junto aos edis, políticas de segurança pública efetivas que não sejam só de repressão. “A periferia está cansada de receber ações de truculência, ações de repressão”, disse Eustácio, pontuando que a polícia deve trabalhar de forma cidadã e dialogar com as comunidades.
Ainda na Câmara Municipal de Salvador, Lopes levantou a pauta do salário de nível superior para Investigadores, Escrivães e Peritos Técnicos, que apesar de estar previsto na Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado da Bahia, nº 11.370/2009, que em seu artigo 46, parágrafo 1º, ainda não foi regulamentada pelo Governo do Estado. O representante do Movimento Juntos Somos + Fortes denunciou ainda que os servidores da polícia civil estão sem reajuste há 7 anos, o que representa uma perda de 37,5% e solicitou que os vereadores aprovassem uma moção de apoio à categoria.
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