A Polícia Federal (PF), em cooperação com agências estrangeiras, informou nesta terça-feira (21) que prendeu, na Hungria, Sérgio Roberto de Carvalho – popularmente conhecido como Major Carvalho, considerado pelos investigadores como o maior traficante internacional de drogas da atualidade.
De acordo com informações policiais, o traficante, que também é chamado de “Pablo Escobar brasileiro”, foi preso usando documentos falsos.
A ação foi deflagrada pelo Escritório Central Nacional da Interpol em Budapeste/Hungria e teve como elemento essencial a troca de informações e difusão Vermelha publicada a pedido da Polícia Federal.
A prisão é decorrente das investigações desenvolvidas no âmbito da Operação Enterprise, deflagrada pela Polícia Federal em 2020, que culminou na expedição de Mandados de prisão para o Major Carvalho e outros investigados, bem como na apreensão de mais de R$ 500 milhões da organização criminosa da qual o mesmo era líder.
O apelido de Carvalho é uma alusão a Pablo Escobar, o megatraficante colombiano. Investigações da PF apontam que o Major Carvalho comandava uma grande organização criminosa responsável pelo envio de 45 toneladas de cocaína para a Europa, avaliada em R$ 2,25 bilhões, a partir de 2017.
O traficante também protagonizou fugas espetaculares e driblou por diversas vezes as autoridades europeias, certa ocasião, de Lisboa, em Portugal, em avião próprio. Ele até deixou para trás 11 milhões de euros escondidos em uma van deixada em um apartamento na capital portuguesa.
O criminoso tinha também o hábito de usar a aeronave particular para viajar com frequência até Dubai, nos Emirados Árabes. A Polícia Federal do Brasil apurou que ele criou naquele país uma empresa denominada PWT General Trading. O “Escobar Brasileiro” chegou a ser preso em agosto de 2018 com o nome falso de Paul Wouter. Foi acusado de ser dono de 1.700 quilos de cocaína apreendidos em um navio na Espanha.
Porém, o narcotraficante pagou uma fiança de 200 mil euros e saiu livre. Ao saber que o Ministério Público da Espanha iria pedir a condenação dele a 13 anos e seis meses de prisão, Carvalho armou um grande e ousado golpe: ele forjou a própria morte.
Com informações da Coluna de Josmar Jozino/ UOL.