O Chocolat Festival – Festival Internacional do Chocolate e Cacau chega à sua 13ª edição em Ilhéus. O lançamento do evento, considerado o maior encontro de profissionais do segmento na América Latina, ocorreu na última quarta-feira (22), no Iate Clube.
A apresentação contou com as presenças do prefeito Mário Alexandre, do secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Jeandro Ribeiro, do organizador do festival, Marco Lessa, empresários, gestores públicos, secretariado municipal, imprensa e demais autoridades.
“O cacau é o nosso maior produto em grão, que repercute no mercado mundial por conta do chocolate. Além de fortalecer e valorizar a cultura, impulsiona o consumo das nossas riquezas locais, sem falar no setor turístico. Agradeço a parceria de Marco Lessa, do Governo do Estado e de todas as pessoas que nos ajudam a fortalecer projetos como este, que focam na qualidade de vida do nosso povo”, destacou Mário Alexandre.
Na oportunidade, Jeandro Ribeiro frisou a importância do festival e a necessidade de ampliar para outras cidades, a fim de integrar as riquezas do cacau por toda a região. Ilhéus vai sediar o Chocolat Festival dos dias 21 a 24 de julho.
A programação inclui cozinha show, ateliê de esculturas de chocolate, espaço educativo para crianças, shows com artistas regionais e nacionais, entre outras atrações. O evento nasceu em 2008, em Ilhéus, com o intuito de seguir fomentando toda a cadeia produtiva do cacau ao chocolate, além de aspectos culturais e artísticos em torno do setor.
Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro (Educação) coroa o pior momento da campanha do mandatário.
Já apreensivos com a alta do preço dos combustíveis, anunciada na semana passada pela Petrobras, pessoas próximas do presidente dizem que a prisão abala um dos pilares da campanha, que é o discurso anticorrupção, usado para fazer frente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Como mostrou a coluna Mônica Bergamo, aliados de Bolsonaro dizem que o episódio é um “verdadeiro desastre”.
Um integrante do núcleo duro da campanha bolsonarista diz que “não tem vida fácil” ao comentar a detenção de Ribeiro e de pastores ligados ao governo. Este aliado de Bolsonaro, porém, afirma que as acusações contra o ex-ministro não vão colar no presidente, indicando a estratégia a ser adotada.
Ribeiro foi nomeado ministro da Educação em julho de 2020 e deixou o cargo em março deste ano, após ser alvo de investigação por um suposto balcão de negócios no MEC operado por ele e por pastores.
Em áudio revelado pela Folha, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disse que priorizava pedidos dos amigos de um dos pastores a pedido de Bolsonaro.
Além de Ribeiro, a Polícia Federal também prendeu pastores suspeitos de operar um balcão de negócios no Ministério da Educação e na liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
Ao menos um dos pastores, Gilmar Santos, já foi detido. A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de Ribeiro, de Gilmar e do pastor Arilton Moura —esses dois últimos são ligados a Bolsonaro e apontados como lobistas que atuavam no MEC.
Mais de 40 quilos de entorpecentes que abasteceriam o São João da cidade de Ibicuí, na região Sudoeste, foram apreendidos, na noite desta terça-feira (21), por equipes do Esquadrão de Motociclistas Falcão, no bairro da Patagônia, em Vitória da Conquista. A droga estava escondida em um terreno baldio.
Os policiais faziam rondas preventivas no bairro Patagônia, quando perceberam um Volkswagen Gol branco, placa JLS2127, parado. O motorista foi abordado com porções de drogas e revelou que havia escondido a droga em um terreno baldio, na rua M, no Loteamento Bateias.
Na área apontada foram localizados 55 tabletes de maconha e meio de cocaína. Segundo o tenente-coronel Carlos Elder Coelho Abreu, comandante da unidade, a droga seria distribuídas durante as festas juninas de Ibicuí. “Semana passada fizemos quatro apreensões no final de semana. É um movimento que se intensifica, principalmente no período de festa, pois a probabilidade de consumo é maior”, explicou o oficial, lembrando que as ações continuarão na região para combater o tráfico de entorpecentes.
O homem e a droga foram encaminhados para a 10ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/ Vitória da Conquista).
Detido na prisão calabresa de Corigliano Rossano, Cesare Battisti criticou Lula, em entrevista à Folha. O ex-terrorista, passou mais de uma década no Brasil por causa do empenho do ex-presidente e do PT para lhe dar abrigo, reconheceu o esforço dos petistas, mas ficou incomodado após o pedido de desculpas de Lula, em rede nacional na Itália, no ano passado, por tê-lo mantido em solo brasileiro.
Ao falar sobre o ex-presidente, Battisti disse que ele é capaz de tudo para voltar à Presidência da República e mencionou seu “cinismo político”.
Todos sabemos que Lula é capaz de tudo para colocar de novo a faixa de presidente. O animal político que nunca se contradiz. Aconteceu também comigo de admirar seu cinismo político (no sentido vulgar do termo) e o extraordinário jogo de cintura”, escreveu Battisti, em uma carta.
Ainda na entrevista, o ex-terrorista disse que o “extremismo idiota que impede o bom senso” e a “guinada desonesta” da esquerda contribuíram para a vitória de Bolsonaro na eleição presidencial de 2018.
“Se Lula e o PT não tivessem comido tudo, se não tivessem feito acordo com todo o lixo do Centrão, o povo brasileiro não teria desistido para correr atrás de Bolsonaro.”
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta (22/06), operação policial “Acesso Pago”, destinada a investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação.
Entre os presos está o ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro.
Com base em documentos, depoimentos e Relatório Final da Investigação Preliminar Sumária da Controladoria-Geral da União, reunidos em inquérito policial, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas.
As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, após declínio de competência à Primeira Instância. A investigação corre sob sigilo.
Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 5 prisões nos Estados de Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal. Outas medidas cautelares diversas, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas.
O crime de tráfico de influência tem pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses).
Gravações
Em março deste ano, um áudio do ministro Milton Ribeiro veio a tona, onde diz dar prioridade a amigos de pastor a pedido do presidente Bolsonaro. O escândalo acabou derrubando o ministro e gerando desgaste ao governo.
Na gravação o ministro afirma que o governo dá prioridade a prefeituras em que pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores que não têm cargo e atuam em um esquema para obter verbas do MEC. As gravações foram obtidas pela Folha.
A existência do grupo de pastores, que ficou conhecido como “Ministério da Educação paralelo”, foi revelada na semana passada, em uma reportagem do Estadão.
Depois da divulgação de um áudio em que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, revela que o presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu “prioridade” a pastores no Ministério da Educação (MEC), o prefeito de Luis Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB), disse que recebeu pedido de propina para protocolar uma demanda no MEC.
Em entrevista ao Estadão, o prefeito declarou que o pastor Arilton Moura pediu R$ 15 mil na hora e mais 1 kg de ouro (R$ 304 mil) para liberar a verba solicitada ao ministério. O religioso teria passado sua conta bancária para o recebimento do dinheiro.
A Polícia Federal (PF), em cooperação com agências estrangeiras, informou nesta terça-feira (21) que prendeu, na Hungria, Sérgio Roberto de Carvalho – popularmente conhecido como Major Carvalho, considerado pelos investigadores como o maior traficante internacional de drogas da atualidade.
De acordo com informações policiais, o traficante, que também é chamado de “Pablo Escobar brasileiro”, foi preso usando documentos falsos.
A ação foi deflagrada pelo Escritório Central Nacional da Interpol em Budapeste/Hungria e teve como elemento essencial a troca de informações e difusão Vermelha publicada a pedido da Polícia Federal.
A prisão é decorrente das investigações desenvolvidas no âmbito da Operação Enterprise, deflagrada pela Polícia Federal em 2020, que culminou na expedição de Mandados de prisão para o Major Carvalho e outros investigados, bem como na apreensão de mais de R$ 500 milhões da organização criminosa da qual o mesmo era líder.
O apelido de Carvalho é uma alusão a Pablo Escobar, o megatraficante colombiano. Investigações da PF apontam que o Major Carvalho comandava uma grande organização criminosa responsável pelo envio de 45 toneladas de cocaína para a Europa, avaliada em R$ 2,25 bilhões, a partir de 2017.
O traficante também protagonizou fugas espetaculares e driblou por diversas vezes as autoridades europeias, certa ocasião, de Lisboa, em Portugal, em avião próprio. Ele até deixou para trás 11 milhões de euros escondidos em uma van deixada em um apartamento na capital portuguesa.
O criminoso tinha também o hábito de usar a aeronave particular para viajar com frequência até Dubai, nos Emirados Árabes. A Polícia Federal do Brasil apurou que ele criou naquele país uma empresa denominada PWT General Trading. O “Escobar Brasileiro” chegou a ser preso em agosto de 2018 com o nome falso de Paul Wouter. Foi acusado de ser dono de 1.700 quilos de cocaína apreendidos em um navio na Espanha.
Porém, o narcotraficante pagou uma fiança de 200 mil euros e saiu livre. Ao saber que o Ministério Público da Espanha iria pedir a condenação dele a 13 anos e seis meses de prisão, Carvalho armou um grande e ousado golpe: ele forjou a própria morte.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (21) o novo reajuste das bandeiras tarifárias, que incidem na conta de luz em caso de escassez hídrica ou qualquer fator que aumente o custo de produção de eletricidade. Os aumentos irão de 3,2% a 63,7%, dependendo do tipo da bandeira.
Os aumentos não encarecerão as contas de luz porque, desde abril, a bandeira tarifária está verde, quando não ocorre cobrança adicional. Os valores entrarão em vigor em 1º de julho e serão revisados em meados de 2023.
Segundo a Aneel, a alta reflete a inflação e o maior custo com as usinas termelétricas em 2022, acionadas em momentos de crise hídrica.
Confira os novos valores das bandeiras tarifárias:
Bandeira verde: sem cobrança adicional;
Bandeira amarela: +59,5%, de R$ 18,74 para R$ 29,89 por megawatt-hora (MWh);
Bandeira vermelha patamar 1: +63,7%, de R$ 39,71 para R$ 65 por megawatt-hora (MWh);
Bandeira vermelha patamar 2: +3,2%, de R$ 94,92 para R$ 97,95 por megawatt-hora (MWh).
Desde 16 de abril, vigora no Brasil a bandeira verde, quando foi antecipado o fim da bandeira de escassez hídrica. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a bandeira verde será mantida até dezembro, por causa da recuperação dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas no início do ano.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse hoje (21) que pode ser inconstitucional a proposta de emenda à Constituição (PEC) que dá ao Congresso Nacional o poder de suspender decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo texto apresentado deputado Domingos Sávio (PL-MG), a medida se aplicaria a decisões da Corte “transitadas em julgado sem aprovação unânime dos seus membros”.
“Eu considero, e externei isso também, em relação a qualquer tipo de instrumento que faça com que decisões judiciais possam ser revistas por outro poder, é algo que parece, sim, ser inconstitucional”, afirmou, nesta terça-feira (21), à saída de um café da manhã com o presidente do STF, ministro Luiz Fux, na sede da Corte, para tratar de relações entre o Congresso e o Judiciário.
Sobre o encontro, Pacheco disse que Fux fez um balanço da sua gestão à frente do Supremo. Fux encerra o mandato em setembro, e a Corte passará a ser comandada pela ministra Rosa Weber.
Pacheco enfatizou que a convivência entre as presidências do Senado e do STF “sempre foi de muito diálogo”, o que considera fundamental para a democracia brasileira. “As críticas fazem parte da democracia, a divergência, sobretudo, faz parte da democracia, mas é muito importante que haja sempre o diálogo e a busca de consenso. E é o que, de fato, marcou a relação entre a presidência do Supremo e a presidência do Senado nesse biênio da administração do presidente Luiz Fux”, acrescentou o parlamentar.
Equilíbrio
Perguntado por jornalistas se deveria haver mais equilíbrio para que o Judiciário não interfira em questões do Legislativo, Pacheco lembrou que o Poder Judiciário tem a atribuição de fazer o julgamento nos conflitos sociais e nos conflitos jurídico. “Até porque o Poder Judiciário é composto por magistrados que têm uma série de vedações que garantem a sua independência e imparcialidade – o que não é próprio do Poder Executivo e do Poder Legislativo, que é composto por políticos”, ponderou.
Pacheco ressaltou ainda que há uma diferenciação e separação de poderes que impõem ao Judiciário a palavra final sobre os conflitos, mas pediu cautela. “Essa harmonia deve obviamente observar que, de fato, o Poder Judiciário não pode exceder nas suas atribuições em relação a outros poderes, e isso se revê através de recursos próprios, e através da própria contenção do Poder Judiciário que é algo que deve acontecer de fato.”
Segundo o senador, para evitar que decisões possam extrapolar o limite do julgar, especialmente em relação a outros poderes, o próprio Judiciário deve fazer uma autorreflexão sobre o exercício de suas atribuições.
Pacheco disse ainda que Fux apresentou um balanço das questões sobre o Judiciário que tramitam no Legislativo, entre as quais, o projeto de lei que trata das verbas indenizatórias.
“O chamado extrateto, que contém aquela lógica de salários fora do padrão, que é algo que o Congresso vai apreciar. E também da reestruturação da carreira, que está materializada na PEC 63. Mas foi uma fala minha, dentro de uma proposta para o Judiciário brasileiro de algo equilibrado, uma reestruturação de carreiras sem verbas que não sejam contempladas como verbas propriamente indenizatórias”, explicou Pacheco. Segundo ele, Fux não fez qualquer reivindicação a respeito de verbas indenizatórias.
De acordo com a assessoria do STF, também participaram do encontro 11 senadores da base e de oposição: Davi Alcolumbre (União-AP); Flávio Bolsonaro (PL-RJ); Nilda Gondim (MDB-PB); Weverton (PDT-MA); Izalci Lucas (PSDB-DF); Nelsinho Trad (PSD-MS); Paulo Rocha (PT-PA); Alvaro Dias (Podemos-PR); Marcelo Castro (MDB-PI); Eduardo Gomes (PL-TO) e Eliane Nogueira (PP-PI).
O relato sobre sua intervenção junto ao governo Fernando Henrique Cardoso para suspender a greve de fome de sequestradores do empresário Abílio Diniz e defender a extradição dos presos pelo crime, nos anos 1990, é a mais recente de uma série de falas polêmicas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevistas e atos políticos que tiveram repercussão negativa ou foram usadas por rivais para desgastá-lo.
No último sábado, 18, o ex-presidente afirmou, durante um ato em Aracaju (SE), que o PT ainda vaia a bandeira do Brasil e o hino nacional “de vez em quando”. Ele comentava as críticas que o partido recebia quando ainda era recém-criado, nas décadas de 1980 e 1990. Contudo, segundo ele, a legenda “aprendeu muito”.
“Eu lembro que, quando o PT nasceu, o Fernando Henrique Cardoso dizia: ‘esse PT vaia até a bandeira brasileira, vaia até o hino nacional’; e nós de vez em quando ainda vaiamos, mas aprendemos muito, porque nós já governamos”, disse.
Representante das Forças Armadas na comissão do TSE sobre a segurança do processo eleitoral, o general Heber Portella entrou mudo e saiu calado da reunião técnica ocorrida na tarde desta segunda-feira (20), relataram três participantes do encontro. A informação é da Coluna Malu Gaspar — O Globo.
Segundo a publicação, durante as cerca de duas horas do encontro, Portela permaneceu em silêncio e com a câmera desativada.
A comissão se reuniu nesta tarde por videoconferência por cerca de duas horas. Chamou a atenção dos presentes que Portella deixou a câmera fechada ao longo das discussões.
Ainda de acordo com O Globo, um dos técnicos do TSE, Felipe Antoniazzi, falou sobre como é feito o teste de integridade das urnas. O pronunciamento tinha como objetivo dar respostas técnicas para os questionamentos feitos pelas Forças Armadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Criada em setembro de 2021, a comissão tem como objetivo dar mais transparência ao processo eleitoral. Segundo a coluna, no entanto, o grupo acabou se tornando “epicentro” da crise entre o TSE e o Palácio do Planalto, junto com os militares.
A comissão é formada também por parlamentares, integrantes do Tribunal de Contas da União (TCU), da Polícia Federal, Ordem dos Advogados do Brasil, além de especialistas do meio acadêmico e da sociedade civil.
À coluna, um ministro do TSE afirmou que o general Heber Portella, que escolhido pelo ex-ministro da Defesa Braga Netto para integrar o grupo, recebeu a missão de “criar factoides” para justificar o “caos eleitoral”.