Durante a 2ª Reunião de Acompanhamento do Censo 2022, realizada na última terça-feira (22), o coordenador de área do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ledson Freire, relatou ao público presente na Câmara de Vereadores algumas dificuldades enfrentadas pelos recenseadores para coleta de dados demográficos, econômicos e sociais.
Ele esclareceu que parte da população se recusa a passar as informações para preenchimento do questionário e o baixo interesse dos moradores reflete de forma negativa no andamento do trabalho na cidade.
Visando reverter essa situação e garantir êxito no Censo Demográfico, a Prefeitura de Ilhéus adotou providências para prestar auxílio necessário ao IBGE, conforme acordado em reunião convocada pelo vice-prefeito Bebeto Galvão.
Na ocasião, foi montada uma força-tarefa, ficando estabelecido apoio na disponibilização da infraestrutura e instalação dos postos de coleta, bem como no deslocamento das equipes para regiões longínquas. Em Ilhéus, o Censo Demográfico 2022 pretende visitar aproximadamente 90 mil domicílios.
“Entre o último censo e o censo que está sendo executado neste presente momento há uma distância de largos anos. Ilhéus está em expansão. Quer seja pela atração dos investimentos quer seja em função da rede pública de atendimento à saúde aqui instalada ou ainda em função de pessoas que passaram a residir na cidade por causa da qualidade de vida oferecida atualmente”, explicou Bebeto.
O gestor destacou a importância de a população receber bem o recenseador em casa e facilitar o trabalho, a fim de que a coleta de dados seja condizente à realidade apresentada no município. Bebeto lembrou que o levantamento é crucial para nortear a gestão e execução de políticas públicas.
“Se a população insistir em não atender e responder ou oferecer qualquer grau de insegurança aos recenseadores, quem vai perder é a cidade de Ilhéus, porque existe um princípio na lei que se chama princípio da anualidade. Os dados do censo sobre o total de habitantes é base para se chegar ao número de uma cota que compõe o orçamento do Fundo de Participação dos Municípios. Se Ilhéus permanecer com 141 mil habitantes, conforme apresentado previamente pelo IBGE, menor que os 159 mil aferidos anos atrás, o decréscimo do orçamento da cidade será grande e vai bater direto na casa das pessoas que não quiseram responder ao questionário”.
Ledson Freire apontou a dificuldade de acesso aos condomínios, visto que muitos proíbem a entrada dos recenseadores. Ele reiterou que o IBGE mantém as informações em alto sigilo e elas são utilizadas apenas para fins de pesquisa. Segundo o órgão, a cidade acumula projeções populacionais decrescentes.
O coordenador de área explicou ainda que os moradores podem receber a visita em qualquer horário, incluindo finais de semana e feriados, com vistas à aceleração do processo.
“A cidade não é do prefeito Mário nem do vice Bebeto. A cidade é de todos nós. Portanto, fazemos um apelo para que todos participem. Precisamos que a população se sensibilize e responda à pesquisa. Os dados não são importantes apenas para o governo, toda sociedade se beneficia desses resultados”.
Identificando o entrevistador – Durante a coleta, os recenseadores e supervisores estarão munidos de tablet, uniformizados com colete, boné e poderão ser identificados através do crachá e QR Code. No site https://respondendo.ibge.gov.br/ é possível verificar a identidade do entrevistador.
Importância do Censo – Realizado a cada dez anos, o levantamento é a principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população. Os dados produzidos pelo IBGE com base nas informações coletadas orientam a tomada de decisões governamentais.
Bem mais do que uma contagem de população, o Censo é uma ferramenta imprescindível para apresentar subsídios no que tange à transferência de verbas públicas.
Ademais, por meio da pesquisa é possível compreender tamanho e distribuição da população; identificar áreas de investimentos prioritários e fornecer os dados que definem a representação política no país.
“A Prefeitura dará toda a logística para que os recenseadores tenham os instrumentos necessários e possam acelerar esse processo. Todas as secretarias prestarão auxílio no que for demandado”, finalizou Bebeto Galvão.
Participaram da reunião o pesquisador, fotógrafo e memorialista, José Nazal; representantes do IBGE; os secretários Marcelo Barreto (Ordem Pública); Mozart Aragão (Casa Civil); Sérgio Luiz (Juventude, Esporte e Lazer); Fábio Manzi Júnior (Turismo); Gabriel Bittencourt (Fazenda e Orçamento) e Eliane Oliveira (Educação); o diretor-geral da Sutram, Valci Serpa; o presidente da Maramata, João Victor Pessoa; e o supervisor da Atenção Básica, Cláudio Bomfim.