Você já viu carnaval sem trio elétrico?
Nunca na história de Ilhéus se viu um carnaval tão desorganizado e tão fraco. Retrato de um governo incompetente, e de uma secretaria de turismo sem agilidade, sem representação política, técnica junto à iniciativa privada e pública. Dependente exclusivamente dos recursos próprios da prefeitura para realizar o pior carnaval da história de Ilhéus.
No sábado fomos, consumido pela curiosidade, na Av. Soares Lopes ver como ia o carnaval feito nas coxas. Lá constatei que o valor gasto no carnaval com recursos próprios da prefeitura saiu caro para a população, e principalmente para a história de Ilhéus.
Na Av. Soares Lopes, vimos à alegria popular, ouvindo e recorrendo aos carros particulares com seus equipamentos de som potentes, já que não tinha trios, apenas três mini trios e um palco fixo nas proximidades da Catedral de São Sebastião, com um gerador. A estrutura pífia custou aos cofres municipais, 189 mil reais.
A falta de planejamento da secretaria de turismo e do prefeito Jabes Ribeiro foi tanta, que a licitação para escolha da empresa que ia organizar o carnaval foi feita 48 horas antes no início do carnaval. A Empresa contratada foi anunciada no plenário da câmara 24 horas da licitação, pelos vereadores Lukas Paiva (PMN) e Cosme Araujo (PDT). Alguns cantores locais foram barrados de tocarem no carnaval, antes mesmo de acontecer à licitação pela empresa que vinha a ser a vencedora da licitação, a empresa TMAIS. O Motivo pela exclusão eram que os músicos seriam ligados a vereadores da oposição. A prefeitura de Ilhéus gastou 79 mil reais com as atrações musicais.
A conhecidíssima Tmais, é alvo de várias denúncias de vereadores e do Blog Agravo, em esquemas na prefeitura de Ilhéus desde o governo Newton Lima até o governo Jabista.
Mas por incrível que pareça existe algo positivo no carnaval de Ilhéus. O ressurgimento dos blocos de bairro, além da forçada valorização do músico nativo, que conseguiram levar um pouco de alegria aos ilheenses, tocando sem saber quando vão receber seus cachês. Acabou o carnaval, agora veremos a luta desses músicos para receberem o suado cachê. A previsão de pagamento seguindo a retrógrada jabista e newtista, somente nos próximo festejos de São João.
Assim caminha Ilhéus, sem planejamento, sem governo, apenas a sombra do que foi no passado.