Greve da PM: Os ingredientes que envenenam os personagens


Por Jamesson Araujo

A PM não gosta de Wagner, com exceção dos Delegados, a Polícia Civil também não gosta de Wagner.

Qualquer conversa informal com líderes sindicais e com personagens das corporações, relevam uma impressionante antipatia entre os membros das forças policiais e o Governador Jaques Wagner. Procurando uma justificativa razoável, a resposta quase uníssona: Wagner não gosta da polícia.

A mágoa teria começado desde a época em que Wagner estimulava movimentos grevistas nos policiais, segundo relato do próprio Soldado Prisco, o PT chegou a financiar o movimento, inclusive dando fuga ao próprio em ação coordenada por Jose Sergio Gabrielli (O mesmo que está enrolado com a compra da refinaria de passadena/EUA). Após a greve de 2001, contracheques de policias foram exaustivamente expostos no programado candidato Wagner.

Após assumir o poder, a decepção. Wagner descumpriu os compromissos, e pior, tripudiou seguidamente da polícia baiana ao escolher para o seu comando figuras oriundas de outras corporações, mais precisamente da Polícia Federal. A predileção de Wagner por “estrangeiros” chegou ao mais alto nível com a nomeação de Mauricio Teles Barbosa, como Secretario da Segurança Pública. Um jovem Delegado com pouco menos de 5 anos de experiência policial, e com uma ambição capaz de atropelar o próprio chefe (o então Secretário da SSP).

Desde que a turma da PF chegou à SSP, houve segundo relatos, um processo de marginalização dos quadros estaduais. Todos os cargos importantes da SSP estão na mão de Policiais Federais. Há relatos de que servidores estaduais chegaram a ser proibidos de frequentarem uma parte da SSP, destinada área de inteligência.

O ambiente hostil somado ao comportamento vaidoso do secretário chegaria ainda a níveis ainda mais tensos com declarações jocosas e preconceituosas, contra policiais investigados por crimes, fala essas repetidas por Wagner… Aliás, comportamento esse muito diferente, quando o Governador era questionado sobre os mensaleiros e cia, onde Wagner sempre dizia que não poderia criminalizar previamente.

Para os policiais a regra era outra. Ao longo do tempo e com aprofundamento das rusgas, um grande número de processos punitivos foram deflagrados, muitos sem pé nem cabeça, como a demissão de policiais que honestamente, também atuavam como professores.

A verdade e que não bastasses antipatia a Wagner, o “valor” agregado trazido por Mauricio Barbosa foi altamente explosivo. Seus números são desastrosos, ainda assim Wagner banca o jovem delegado de 37 anos e que só conhecia a Bahia em viagens de férias.

A tropa da PM e os Policiais Civis o odeiam, mesmo ele se fantasiando de vez em quando de membro do Pelotão Choque. O fato é que só com Barbosa, Wagner enfrenta sua segunda greve em 2 anos. Há outros temperos para a crise atual, mas se Wagner tivesse um pouquinho de bom senso, se livrava de seu auxiliar o mais rápido possível.

Soldados do Exército nas ruas de Ilhéus


Soldados do Exército estão no centro de Ilhéus.
Soldados do Exército estão no centro de Ilhéus desde o início da manhã.

Com a greve da Polícia Militar deflagrada ontem, o soldados do Exército foram vistos no centro da cidade de Ilhéus, sul da Bahia.

As lojas do Comercio abriram normalmente e nenhum ato de vandalismo foi registrado até o momento.

 Em fevereiro, 700 soldados do Exercito desembarcaram na região Ilhéus, Buerarema e Una, quando o governador Jaques Wagner recorreu à Garantia da Lei e Ordem (GLO) e passou ao governo federal a responsabilidade pela segurança pública na área do conflito entre índios da tribo Tupinambá e agricultores rurais.

Detento é encontrado morto no presídio de Ilhéus


Por Thiago Raposo

Na noite desta terça – feira (15) o detento Thiago Neves dos Santos, vulgo Thiago Bola foi encontrado morto, pendurado com uma corda no pescoço, dentro de uma das celas do presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus.

Thiago era suspeito de assassinar Atanael da Hora Silva, com quatro tiros de revólver calibre 38, na tarde do último domingo (13).

A direção do presídio ainda não sabe se ele cometeu suicídio ou se foi enforcado.

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‘Não houve acordo’, diz Prisco sobre assinatura de documento


Documento assinado entre governo e Prisco
Documento assinado entre governo e Prisco

Após uma reunião com representantes da Polícia Militar na noite de terça-feira (15), o vereador Marco Prisco (PSDB), e presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) disse  que não houve acordo no encontro com o governo antes da assembleia que definiu pela greve da PM no estado.

O encontro foi realizado no Departamento de Apoio Logístico da PM (Dal), que fica no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na Paralela, em Salvador.

Por volta da meia-noite desta quarta-feira (16), Prisco afirmou ao G1 que o documento assinado foi exigência feita por ele e que no mesmo há a informação de que o “acordo” dependia da aprovação da categoria em assembleia. Os PMs não concordoram com as condições oferecidas pelo governo e houve mais uma tentativa de negociação durante toda a noite. “Não houve assinatura de acordo. O documento foi exigência minha e dizia que só tinha validade caso a categoria aprovasse [a proposta do governo]”, disse.

Pouco antes da meia-noite, a PM divulgou a informação da reunião na página oficial do órgão no Facebook. “Comandante geral se reúne com presidentes de associações. O Coronel PM Alfredo Braga de Castro, Comandante Geral da PMBA, juntamente com o Coronel PM Carlos Sebastião Eleutério, Subcomandante, está dialogando sobre as reivindicações da categoria”.

Segundo Marco Prisco, ele, o comandante da PM, coronel Alfredo Castro e outros representantes do órgão se reuniram para discutir mais uma vez propostas para a categoria. “Nessa reunião mudamos vários itens, principlamente referente a remuneração. Vou discutir com a categorai e elaborar uma nova proposta para apresentar ao governo pela manhã”, afirmou ele que segue para o Wet’n Wild, espaço de shows na Avenida Paralela, em Salvador, onde alguns PMs estão alojados.

Informações do G1 Bahia

Enem deve ser aplicado dias 8 e 9 de novembro, diz Inep


ENEM-2013A prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014 poderá ser aplicada nos dias 8 e 9 de novembro. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que as instituições de ensino onde o exame é aplicado estão sendo consultadas sobre a disponibilidade da data. A definição dependerá da resposta dessas instituições, de acordo com a assessoria do Inep.

 No ano passado, a prova do Enem foi aplicada nos dias 26 e 27 de outubro. O resultado foi divulgado no dia 3 de janeiro. Caso o Enem 2014 seja confirmado para o segundo final de semana de novembro ocorrerá após as eleições, em outubro.

 Cerca de 5 milhões de estudantes fizeram o Enem 2013. A nota do exame pode ser usada para a participar de programas como o Sistema de Seleção de Unificada (Sisu), que seleciona estudantes para vagas no ensino superior público; o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas em instituições privadas; e o Sistema de Seleção Unificada do Ensino Técnico e Profissional (Sisutec), que seleciona estudantes para vagas gratuitas em cursos técnicos.

 O Enem é também pré-requisito para firmar contratos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e para a obter bolsas de intercâmbio pelo Programa Ciência sem Fronteiras.

Governo da Bahia solicita tropas federais para garantir a segurança da população


Secretário de Segurança Pública,Mauricio Barbosa, concede coletiva de imprensa sobre a greve da PM
Secretário de Segurança Pública,Mauricio Barbosa, concede coletiva de imprensa sobre a greve da PM

Em entrevista coletiva concedida na noite desta terça-feira (15), na Governadoria, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, informou que o Governo do Estado está tomando todas as providências para manter a segurança da população, com a solicitação da garantia da lei e da ordem e a convocação das tropas federais. A medida foi motivada pelo anúncio da greve da Polícia Militar em assembleia da categoria, realizada no Wet’n Wild.

A proposta apresentada pelo governo aos policiais foi discutida na tarde desta terça-feira, em reunião entre o secretário, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, e representantes das associações. Nesta reunião, foram incluídos pela categoria novos itens além daqueles propostos pelo governo.

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Além da PM, Professores estaduais e agentes da Polícia Civil anunciam paralisação


A decisão de paralisação de Polícia Civil, foi aprovada pela categoria na tarde de segunda-feira (14)
A decisão de paralisação de Polícia Civil, foi aprovada pela categoria na tarde de segunda-feira (14)

Os professores da rede estadual de ensino da Bahia anunciaram paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (16). Os policiais civis do estado também divulgaram que vão parar as atividades no mesmo dia.

Com relação aos professores, de acordo com informações da APLB-Sindicato, a categoria vai participar de assembleia conjunta dos servidores públicos, que será realizada às 9h da quarta, no ginásio de esporte dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, centro de Salvador. A assembleia é promovida pela Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia

Os policiais civis da Bahia informaram que irão paralisar as atividades a partir das 8h de quarta-feira e só retomarão os serviços no mesmo horário do dia seguinte. Durante o período, segundo o sindicato da categoria, será mantido 30% do efetivo trabalhando no atendimento para prisão em flagrante, levantamento cadavérico, crimes contra a criança e contra a vida.

A decisão, conforme divulgado, foi aprovada pela categoria na tarde de segunda-feira (14) durante assembleia promovida pelo SINDPOC (Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria da Segurança Pública da Bahia). O indicativo de paralisação de 24h foi deliberado na assembleia geral do funcionalismo público estadual no último dia 2, informa o sindicato.

Os servidores afirmam que não aprovam o Projeto de Lei que define o reajuste dos funcionários do Estado parcelado em duas vezes e decidiram intensificar a mobilização.

Targino Machado pede sensibilidade do governador para evitar greve da Polícia Militar na Bahia


Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia nesta tarde de terça-feira (15), o parlamentar relembrou as 177 mortes ocorridas durante os doze dias da greve passada.
Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia nesta tarde de terça-feira (15), o parlamentar relembrou as 177 mortes ocorridas durante os doze dias da greve passada.

Com o risco iminente de greve da Polícia Militar da Bahia, a população baiana passa por um momento de tensão em todo o estado. O fato, que pode se repetir dois anos após a última paralisação, que ocorreu recentemente, em 2012, tem preocupado o deputado estadual Targino Machado (DEM).

Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia nesta tarde de terça-feira (15), o parlamentar relembrou as 177 mortes ocorridas durante os doze dias da greve passada.

“O risco iminente de greve é objeto de preocupação para todos os baianos. É incontestável o clima de insegurança que se instalou na última greve, demonstrado pelo pânico da população e pelo vandalismo durante os doze dias desta recente paralisação. O saldo na época foi de 177 mortes. O povo clama pelo bom senso do governador. Se a greve, de fato, eclodir, perderá toda a população. Se já está ruim a segurança pública na Bahia, de forma especial, na capital, que é a décima terceira cidade mais violenta do mundo, imagine com esta greve?”, questionou.

De acordo com o deputado, o governo do estado não está se esforçando para evitar que esta paralisação se confirme.

“A Polícia Militar da Bahia, assim como o povo baiano, não quer a greve, que é um direito de todos os trabalhadores da iniciativa privada ou pública. O governo do estado não está tendo sensibilidade para evitar que esta greve venha a eclodir. Há vários meses o clima nos quartéis é de greve latente. Só quem não enxergou isso foi o governo do estado. A greve, se ocorrer, não deve ser creditada à Polícia Militar, mas na intransigência de um governo que só se preocupa com propaganda. O salário de um soldado da Polícia Militar na Bahia é vergonhoso. A obrigação de evitar esta greve é do governador Jaques Wagner”, disse.

Ainda para Targino, o assassinato de um paciente dentro da clínica cirúrgica do Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, no último sábado, deixa claro que o clima de insegurança no estado é grande.

 “Só para ilustrar o quadro de insegurança instalado no nosso estado, quero dar ciência do que aconteceu no Hospital Geral Clériston Andrade no último sábado. Invadiram o local e metralharam um paciente. A segurança pública está entregue. Os pacientes deveriam estar sob a responsabilidade do estado, mas se este não é capaz de protegê-los em seus respectivos leitos, imagina a população nas ruas?”, concluiu.

Quarta – feira na Bahia pode ser sem Polícia Civil e Polícia Militar


Assembleia geral dos policiais militares acontece agora em Salvador.
Assembleia geral dos policiais militares acontece agora em Salvador.

Os policiais Civis irão aderir à paralisação dos servidores estaduais, nesta quarta-feira (16),  apenas 30% do efetivo deve manter as atividades normais. De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (Sindpoc), Bernardino Gaioso, os trabalhadores só deverão fazer os registros de flagrantes e levantamento cadavérico no período.

Já os Policiais Militares lotam neste momento o espaço Wet’n Wild, vestidos de branco, para acompanhar a assembleia-geral da Polícia Militar, que pode deflagrar  um movimento paredista ainda nesta terça-feira (15).

Segundo informações, policiais dos quatro cantos da Bahia estão no evento e o grito ouvido na última greve foi novamente lembrado pelo PMs”ô, ô a culpa é do governador”.

Vítimas de compartilhamento de fotos e vídeos íntimos dobram no Brasil, diz ong


campanha
Campanha alerta para que imagens compartilhadas não caiam nas mãos de mais pessoas; ‘A internet não guarda segredos’ e ‘Mantenha sua intimidade off-line’ são algumas frases da ação (Foto: Divulgação)

O número de vítimas de compartilhamento de fotos íntimas através de aplicativos como o Whatsapp no Brasil mais que dobrou nestes últimos dois anos no país. A prática de “nude selfie” e “sexting”, se tornam um risco a invasão da privacidade na maioria de mulheres e causam consequências psicológicas nas vítimas quando se popularizam na web.

Em levantamento inédito feito pela ONG Safernet Brasil, os dados foram divulgados pela entidade que monitora crimes e violações dos direitos humanos na internet em parceria com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP). Este estudo mostra que, em 2013, a Safernet atendeu 101 casos de pessoas que tiveram a intimidade exposta indevidamente na web.

O número representa um crescimento de 110% em relação a 2012, quando a ONG contabilizou 48 pedidos de ajuda. Foram contabilizadas como vítimas àquelas que procuraram o serviço gratuito Helpline Brasil ou Canal de Ajuda da ONG e denunciaram o uso e veiculação indevidos e sem autorizações de fotografias, filmagens e conversas com conteúdo erótico ou pornográfico.

Segundo a psicóloga da Safernet Juliana Cunha, os adolescentes e jovens encontraram nos smartphones uma nova maneira de expressar sua sexualidade. Por isso, o “nude selfie” e o “sexting” fazem parte dessa nova cultura.

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