Agência Estado
Apesar de negar que a mais recente denúncia de corrupção envolvendo a Petrobras atrapalhe a campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou que “a população sabe que o partido (PT), como outros partidos, é de homens e mulheres que são suscetíveis a erros”. Wagner disse, ainda, que muitos idealizavam o PT como um “partidos dos santos” e que a democracia brasileira não pode depender da “bem-vinda honestidade” das pessoas.
Ao defender uma reforma política e criticar o fato de as campanhas precisarem de muito dinheiro para se viabilizar, o governador baiano sugeriu que a prática de desvio de dinheiro é comum. “E não pense que nos outros tempos não tenham utilizado. Agora vão dizer que não, que não utilizaram as empresas para pedir contribuição eleitoral. De onde sai contribuição eleitoral? Uma campanha presidencial que custa R$ 100 milhões sai de onde?”, colocou. “Ou nós vamos mudar a forma eleitoral brasileira ou nós vamos viver de escândalo em escândalo”.
Diferente de outros aliados da presidente, Wagner não evitou comentar o assunto e tampouco disse aguardar informações oficiais que comprovem as denúncias contidas nos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Polícia Federal.
“Eu não acho que atrapalha agora (a campanha de Dilma), até porque aqui na Bahia tem um ditado de que diz que ‘tudo que é demais, sobra’. Então tentar caracterizar o PT como partido dos marginais a população já esta careca de saber que isso não passa de jogada eleitoral”, disse. “Não estou dizendo que a população fique satisfeita de ver o que está vendo, mas a população sabe que o partido (PT), como outros partidos, é de homens e mulheres que são suscetíveis a erros”, reconheceu.