O presidente do PT/Bahia Everaldo Anunciação, afirmou hoje (12) que a decisão tomada pela maioria do senado e da câmara, tomando o país de assalto numa aliança com o que há de pior da elite brasileira, é um desrespeito à população que de forma soberana elegeu a presidenta Dilma com mais de 54 milhões de votos.
Ele garante, no entanto que “a indignação que toma conta de nós será aliada à disposição para a continuidade da luta em defesa da democracia e dos direitos sociais.”
Everaldo enfatiza a confiança na força no povo brasileiro lembrando que “nem os militares, em 1964, com suas baionetas, metralhadoras e torturas conseguiram nos calar. Portanto, não serão estes grupos de golpistas que nos intimidarão.” (mais…)
O Senado aprovou, por 55 votos a favor e 22 contra, a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Com isso, o processo será aberto no Senado e Dilma será afastada do cargo por até 180 dias, a partir da notificação. Os senadores votaram no painel eletrônico. Não houve abstenções. Estavam presentes 71 senadores.
A sessão para a votação durou mais de 20 horas. Durante o dia, dos 81 senadores, 69 discursaram apresentando seus motivos para acatar ou não a abertura de processo contra Dilma.
Os dois discursos mais comentados e elogiados nas redes sociais foram dos senadores Cristovan Buarque (PPS) e Magno Malta (PR).
Dando como certo o resultado desfavorável à presidenta Dilma Rousseff na votação do Senado que analisa a admissibilidade do processo de impeachment contra ela, o senador Magno Malta , lamentou o momento político e disse que a ruptura “que acontecerá hoje a tarde” é triste, mas necessária.
Malta comparou o país com um doente diabético e febril que “há muito tempo precisa amputar a perna” para se salvar. “Este país febril vai ter restituída a sua saúde e sua energia. Amputemos a perna apodrecida para salvar o corpo e é preciso ter o tempo de cicatrização e recuperação”, disse, durante sua fala na tribuna.
Segundo o senador capixaba, o governo do PT promoveu a inclusão social, mas “deu com uma mão e tirou com outra”. Malta disse ainda que a administração Dilma é responsável por “dilacerar a economia do país”. O senador defendeu que o vice-presidente Michel Temer dê continuidade a programas como o Bolsa Família. “Temer, melhore o Bolsa Família e ponha uma porta de saída. Um bom programa social tem que ter duas portas.”
Ex-ministro da Educação no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) adotou discurso de crítica ao PT – partido ao qual já foi filiado – e ao comportamento da esquerda nos últimos anos, durante a sessão que analisa a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O senador anunciou que votará favoràvel à continuidade do processo e consequente do afastamento de Dilma da Presidência da República.
“Não fui eu que mudei; foi a esquerda que envelheceu, não eu. A esquerda que está há 13 anos no poder, o que demonstra um desapego à democracia, manipulando, cooptando, criando narrativas em vez de análises; com a preferência pelo assistencialismo em vez de uma preferência pela transformação social; com um apego ao poder que consegue, inclusive, driblar a Constituição, fazendo com que o presidente Lula tenha quatro mandatos: dois em seu nome e dois em nome da presidente Dilma Rousseff; com o vício de corrupção, que nenhum de nós imaginava; com a incompetência gerencial, cujos resultados são nefastos e visíveis; com o aparelhamento do Estado; e com gosto por narrativas como essa de que o que estamos fazendo aqui, dentro de todo o rigor constitucional, é golpe”, disse, lembrando seu início na política, lutando contra o regime militar.
Cristovam acusou Dilma de ignorar os alertas feitos por diversos parlamentares sobre o agravamento da crise econômica e os erros da política fiscal.
Para o senador, um afastamento de Dilma servirá para que a sociedade reflita sobre seus erros. “Por que não fortalecemos a democracia, preferindo comprar parlamentares com mensalão e movimentos sociais com financiamento de projeto? Por que não realizamos as transformações sociais, estruturais, preferindo a assistência, com propósitos generosos, mas também fisiológicos, em troca de votos? Por que não pusemos o Estado a serviço do povo? Ao contrário, entregamos os órgãos públicos aos partidos, porteira fechada; os fundos de pensão aos grupos sindicais e até mesmo ao financiamento de carteiras de governos estrangeiros aliados; os bancos estatais entregamos a negociatas, visando ao financiamento de campanhas eleitorais”, afirmou.
Cotado para o Ministério do Planejamento em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse nesta quarta-feira (11) que Temer não pretende mexer no Bolsa Família nem acabar com o benefício, que atende a cerca de 14 milhões de famílias.
Segundo Jucá, caso o Senado decida pelo afastamento da presidenta Dilma Rousseff na sessão desta quarta-feira, Temer vai, sim, discutir os programas sociais, mas sem alterar o Bolsa Família. “Essa questão do Bolsa Família é uma prioridade, não há nenhuma intenção de acabar com o Bolsa Família, de diminuir reajuste do Bolsa Família. Pelo contrário, a ideia é fortalecer os programas sociais que funcionam e, efetivamente, melhorar a vida da população”, disse.
A possibilidade de Temer modificar programas sociais, caso assuma o Palácio do Planalto, tem sido recorrente nos discursos de Dilma e aliados. Hoje mais cedo, no Salão Verde do Congresso Nacional, um grupo de deputados contrários ao impeachment denunciou o “desmonte” do Bolsa Família, considerado o carro-chefe da política social dos governos do PT.
O PMDB de Temer defende que os programas de transferência de renda se concentrem na parcela dos 5% mais pobres. A proposta está no documento A travessia social, elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao partido, para servir como uma espécie de programa de governo do vice-presidente na área social. “Se [o Senado] fizer o afastamento, o governo [Temer] vai ser instalado e logo depois vão ser discutidos os programas”, disse Jucá após deixar do plenário, onde os senadores estão debatendo o afastamento de Dilma.
O deputado estadual Pedro Tavares (PMDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa da Bahia nesta terça-feira, 10, para externar a extrema preocupação com o alto índice de violência nas cidades do interior da Bahia. De acordo com o parlamentar, não bastassem os inúmeros registros de homicídios, assaltos a bancos e casas comerciais, agora volta à tona os casos de sequestros, já registrados nos municípios de Bonito e Lapão em 2016.
Para Tavares, o Governo do Estado precisa, mais do que nunca, priorizar a segurança pública e investir em inteligência no intuito de elucidar os crimes e devolver a paz aos moradores do interior. “Venho pedir, novamente, sensibilidade e empenho à Secretaria de Segurança Pública para combater a criminalidade, que tem crescido de forma assustadora. O governo não pode cruzar os braços e se intimidar diante dessa situação caótica”, declarou. Durante o pronunciamento na Casa, o parlamentar voltou a pedir ao executivo a nomeação dos aprovados no concurso da Polícia Civil de 2013 e agentes penitenciários.
Desde que a Polícia Militar da Bahia aumentou em 50% o número de blitz, em agosto de 2015, o número de apreensões de armas e flagrantes cresceu em todo o estado. Consequentemente, houve também a redução de crimes como roubo de veículos. De 8.700 postos de abordagem mensal, o número passou para 13 mil.
Os indicadores comprovam os resultados, no comparativo do mês de janeiro ao dia 10 de maio deste ano com o mesmo período do ano passado. O número de apreensões de armas de fogo passou de 1.879 em 2015 para 3.038 em 2016, o que equivale a um acréscimo de 61,7%. (mais…)
O vereador ilheense, e pré-candidato a prefeito, Alzimário Belmonte (Professor Gurita), reiterou o requerimento 306/2015, de sua autoria, e aprovado pela câmara, que solicita ao governo municipal o cumprimento da lei 13.022/2014, (Regulamentada pelo estatuto geral das guardas municipais) a mudança de guarda municipal para polícia municipal, e a criação de plano de carreira, cargos e salários.
O prefeito tem o prazo de 15 dias para resposta, e caso não haja uma, Gurita entrará com ação no Ministério Público, para que a lei seja cumprida.
Acusado de chefiar uma quadrilha de traficantes que abastece bocas de fumo em Salvador e interior do estado, o empresário Marcelo Paiva Caetano Rodrigues, 29 anos, marido da cantora Viviane Tripodi, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (11) com uma tonelada de maconha na cidade de Jaguaquara, Centro-sul do estado.
Em Lauro de Freitas, os policiais federais apreenderam também 67 kg de cocaína que estavam escondidos em um galpão onde o trio elétrico da família Tripodi é guardado. Outras quatro pessoas também foram presas em flagrante.
As prisões em flagrante aconteceram quando os policiais federais cumpriram os mandados de busca e apreensão na fazenda Tripolândia, pertencente à família Tripodi, em Jaguaquara. Parte da droga foi encontrada no interior da propriedade.
Um outro montante foi achado dentro de uma ambulância que seguiria para Aracaju, em Sergipe – o veículo também estava na área da fazenda.
As investigações foram iniciadas há cerca de dois meses e deram origem à operação, batizada de Carnaval.
De acordo com a apuração da PF, a quadrilha abastecia vários bairros de Salvador e os pontos de venda de drogas das cidades de Jaguaquara, Porto Seguro, Itabuna e Jequié.
O prefeito interino de Jequié, Sérgio da Gameleira (PSB), esteve em Brasília nesta quarta-feira (11) para se reunir com deputados e senadores baianos com o objetivo de buscar apoio ao município, que vive momentos de sérias dificuldades. Sérgio participou de uma audiência com os deputados federais Bebeto Galvão, seu correligionário, e Antônio Brito (PSD), além dos senadores Lídice da Mata (PSB), Otto Alencar (PSD) e Walter Pinheiro. Sérgio da Gameleira assumiu a administração local após o Tribunal de Justiça da Bahia afastar a prefeita Tânia Brito.
De acordo com Bebeto Galvão, o novo prefeito de Jequié mostrou preocupação com a atual situação da administração e apresentou um quadro de dificuldades vivenciado pela cidade. Os parlamentares baianos firmaram compromisso com a gestão de Sérgio para tirar Jequié dessa situação de crise. “Sérgio está focado agora em unir a cidade para tentar recuperar a confiança do município, buscando o equilíbrio administrativo e financeiro, reverter os problemas de gestão e apontar mecanismos de avanços sociais para a população”, declara Bebeto
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, negou pedido apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU) para que fosse suspensa a validade da autorização concedida pela Câmara dos Deputados para abertura do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff por crime de responsabilidade.
Com isso, fica mantida sessão do Senado que irá decidir hoje (11) se acata o processo. Se os senadores aprovarem a admissibilidade do processo, a presidenta Dilma será afastada por 180 dias do cargo.
No mandado de segurança, a AGU, que faz a defesa de Dilma, argumentava que o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conduziu o processo de impeachment com desvio de finalidade, pois queria se proteger de processo contra ele que tramita no Conselho de Ética da Câmara. De acordo com a AGU, o processo “foi caracterizado pela prática de diversas ilegalidades, que procuravam dar maior celeridade ao processo e cercear a defesa”.