Os assassinos da líder quilombola Bernadete Pacífico, usaram armas de calibre 9 mm, que desde julho voltaram a ser de uso restrito às forças de segurança. A informação foi divulgada pela delegada Andréa Ribeiro, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em entrevista coletiva, no começo da tarde desta sexta-feira (18). O crime ocorrido na noite de quinta-feira (17), será investigado por uma força-tarefa.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o crime foi cometido por dois homens. Usando capacetes, os suspeitos entraram no imóvel onde estava a ialorixá e efetuaram disparos com arma de fogo.
Segundo o Filho de Bernadete, Wellington dos Santos, ela estava em companhia dos netos, quando foi assassinada. A declaração foi dada a TV Bahia, no Instituto Médico Legal de Salvador.
Matriarca do quilombo Pitanga dos Palmares e ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Simões Filho, a líder era conhecida como Mãe Bernadete e passou a vida lutando pelos direitos dos quilombolas.
Desde 2017 ela lutava por Justiça pelo assassinato de Binho, que até hoje continua impune.
Há anos Bernadete vinha também denunciando as ameaças que recebe e a perseguição aos quilombolas.
“Eu não posso sair, minha casa toda cercada de câmeras”, relatou em um encontro com a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber no mês passado.
Bernadete Pacífico, liderança quilombola da Bahia, é assassinada