A secretária municipal de Infraestrutura e Urbanismo (SIURB), Sônia Fontes, recebeu na manhã desta terça-feira, dia 5, dados sobre as habitações subnormais em Itabuna repassados pelos técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). A equipe veio apresentar extraoficialmente resultados do Censo 2022.
Durante o encontro, com a participação da Chefe de Gabinete da Secretaria de Planejamento, Stephanie Oliveira, do assessor SEPLAN, José Nazal Pacheco Soub, e da arquiteta da SIURB Stela Neiva.
O IBGE, representado pelos técnicos Luiz Mafra Santana, Ayran Oliveira e Leidson Moreau Cruz Junior, apresentou dados referentes aos aglomerados subnormais (favelas) do município que, após validados pela Prefeitura, serão divulgados.
O chefe da agência do IBGE Itabuna, Luiz Mafra de Santana, adiantou que a proposta é tornar público os números de áreas dessa natureza e a população que nela vive. Ele adiantou que o último no levantamento do instituto mostrou que o município conta com cerca de 40 aglomerados subnormais.
Dentre as áreas estão Bananeira, Vila da Paz, Gogó da Ema, Vila Vital, Baixa Fria, Pau Caído, Cajueiro, em Ferradas, Vila Tetê, no São Roque, áreas do Nova Califórnia, São Pedro, Mangabinha, São Caetano, Parque Boa Vista, dentre outros, incluindo a beira-rio no Banco Raso, Jaçanã e Nova Itabuna.
Mafra disse que também esse mesmo tipo de recenseamento já foi executado e concluído pelo IBGE em outros setores subnormais, a exemplo dos quilombolas e povos indígenas em municípios do Sul da Bahia e de outros estados do país.
O técnico do IBGE Leidson Moreau Cruz Júnior reforçou a importância da ação ao informar que a proposta é fornecer subsídios às Prefeituras para que possam elaborar planejamento eficiente e, a partir daí, promover ações de infraestrutura e oferta de serviços básicos para atendimento das necessidades das populações que vivem nessas áreas.
Já a titular da SIURB, Sônia Fontes, informou que a Prefeitura de Itabuna fará uma análise das informações repassadas pelo IBGE. E, após a divulgação oficial pelo IBGE, será possível promover e direcionar serviços básicos e de infraestrutura que contribuam para uma melhor qualidade de vida dessas comunidades.
Segundo a secretária, aglomerados subnormais sãos áreas que apresentam ocupação ilegal do terreno, têm precariedade na oferta de serviços públicos essenciais, como abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta irregular de lixo. Em alguns casos, inexiste até redes de energia elétrica.
De acordo com o Censo do IBGE 2022, atualmente há 572 favelas distribuídas entre 33 municípios baianos. São 270, na capital, 65, em Feira de Santana e 40 em Itabuna.