Após ficar na fila por 3 (três) horas aguardando atendimento, o advogado Gilbert Lorens obteve êxito numa ação judicial contra o Banco do Brasil de Ilhéus, que teve que lhe pagar uma indenização por danos morais.
Não é a primeira vez que uma instituição bancária é condenada pela justiça a pagar indenização a um cliente. No sul da Bahia, o Banco Bradesco e o Banco do Nordeste já haviam sido condenados em ações judiciais e tiveram que pagar indenizações, que variam de R$ 5 Mil a R$ 8 Mil reais.
De acordo com o advogado Gilbert Lorens, o serviço bancário é um serviço público e como tal, exige-se que ele seja prestado de forma eficiente. Segundo ele, se as instituições bancárias faturam bilhões de reais ao ano, podendo investir na contratação de novos funcionários para melhor atender à população, não justifica a péssima qualidade de seus serviços.
Alerta Gilbert Lorens que a falta de respeito dos bancos com a população de Ilhéus é tamanha, que acaba contrariando, expressamente, padrões não só legislativos, como éticos, do procedimento de atendimento ao consumidor.
O advogado lamenta que há vários anos, a agência do Banco do Brasil em Ilhéus ridiculariza e humilha os usuários de seus serviços, na medida em que os obriga a permanecerem aguardando em filas intermináveis, durante vários minutos e, até mesmo, por horas; sem falar que é muito pouca a quantidade de assentos que a agência disponibiliza, o que obriga a grande maioria das pessoas, a ficar em pé, aguardando o atendimento.
Ele esclarece que desde o ano de 1999 está em vigor na cidade de Ilhéus a Lei dos 15 Minutos (Lei nº 2782/99) que prevê punições, advertências, multas e até a cassação do alvará de funcionamento dos bancos, em caso de seu descumprimento. A pesar da existência dessa lei, a Prefeitura de Ilhéus não fiscaliza os bancos e nem aplica qualquer penalidade.
Gilbert Lorens questiona a omissão da Prefeitura, diante de tantos abusos cometidos pelos bancos contra a população ilheense. Segundo ele, a Prefeitura de Ilhéus se empenha bastante na fiscalização (e deve!) dos ambulantes da nossa cidade que estão trabalhando para sobreviver; na cobrança de impostos; e na aplicação de multas de trânsito, mas faz “vista grossa” para os bancos, seja público ou privado. Sem pressão da fiscalização municipal, as agências bancárias ficam livres para fazerem o que querem. Enquanto isso, quem paga pela omissão do poder municipal diante dos abusos cometidos pelos bancos, é a população, que perde muito tempo na fila aguardando ser atendida, quando poderia destinar parte desse tempo para outros compromissos.