Estadão Conteúdo
O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou em sua delação premiada que no polêmico capítulo da compra da Refinaria de Pasadena, no Texas – negócio que teria provocado prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras, em 2006 – “comissões internas (da estatal petrolífera) objetivavam apenas eximir de responsabilidade o Conselho de Administração e, especialmente, Dilma Rousseff”.
Segundo Cerveró, em certa ocasião a então presidente da Petrobras Graça Foster lhe teria dito que estava ali “para defender a Dilma”.
As informações de Cerveró sobre Pasadena, Dilma e Graça estão no Termo de Colaboração número 6, que prestou dia 7 de dezembro – apenas 12 dias depois da prisão do então senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). O delator foi o pivô da cassação de Delcídio.
O Termo 6 é dedicado à aquisição da Refinaria de petróleo nos Estados Unidos. O delator fez o depoimento a dois delegados da Polícia Federal e dois procuradores da República.
Cerveró apontou que os membros do Conselho de Administração da Petrobras “tinham consciência das cláusulas put aption e marlin” que encareceram o negócio para a estatal e obrigaram a compra da outra metade da refinaria da sócia belga Astra Oil.
“Que não corresponde à realidade a afirmativa de Dilma Rousseff de que somente aprovou a aquisição porque não sabia dessas cláusulas”, afirmou Cerveró. (mais…)