Por Reinaldo Soares
Estelionato eleitoral é dizer uma coisa na campanha e fazer outra depois de eleito. Esse termo passou a ser mais conhecido em 2014 quando Dilma na campanha vendeu um Brasil maravilhoso e depois de reeleita, entramos em uma das maiores recessões que resultou inclusive no seu Impeachment.
Reeleito com mais de 75% dos votos válidos, o eleitorado baiano legitimou o mandato de Rui Costa acreditando que a Bahia fosse um modelo de gestão, mesmo sendo o estado mais violento para a juventude, apresentando uma das piores coberturas vacinais do Brasil, tendo a segunda pior educação básica e o pior ensino médio do Brasil. Em Ilhéus, Rui Costa obteve mais de 51 mil votos, apesar de ter fechado o Hospital Regional e a Escola Estadual Padre Palmeira.
Antes das Eleições, condenava a reforma da previdência de Temer, depois de reeleito, o Governador Correria anunciou um aumento de 12% para 14% na Previdência dos Servidores Estaduais.
Anunciou o fechamento da BAHIAPESCA, depois de gastar milhões no Terminal Pesqueiro em Ilhéus.
Em nome do reordenamento da Rede, está fechando centenas de escolas na Bahia, em Ilhéus são três: a do Basílio, Professora Horizontina Conceição na URBIS e a da PROA.
Quanto ao PLANSERV, temos limites de atendimentos e em breve teremos outros Presentes de Grego.
A duplicação da Ilhéus x Itabuna, há 10 anos prometida, não saiu do papel.
Assim justificou o Governador sobre as medidas que estão sendo adotadas: “As medidas são necessárias, são medidas amargas… As medidas podem ser duras, mas são necessárias e devem ser tratadas com muita seriedade”.
A história recente tem mostrado que o eleitor tem sido implacável por quem pratica o estelionato eleitoral. O tempo dirá.
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Reinaldo Soares é Professor, Mestre em Cultura e Turismo pela UESC/UFBA, Ex- Presidente do Conselho Municipal de Educação de Ilhéus- Diretor do IBEC, Palestrante, Professor da Pós-Graduação da FACSA/IBEC e do Colégio Estadual Professora Horizontina Conceição. E-mail: [email protected]