Por Jamesson Araújo
Os brasileiros amanheceram tristes, ressabiados, sem acreditar no atropelamento da carreta chamada Alemanha em cima do fusquinha chamado Brasil. A emoção tomou conta de todos, alguns tristes, outros críticos e alguns felizes.
Na realidade, nós brasileiros não queríamos enxergar o óbvio, que nossa seleção estava capenga em toda copa, sem jogar um futebol que nos fez um dos países mais temidos pelos adversários. Mas hoje não metemos medo em mais ninguém! Que o digam o Chile e a Colômbia, que jogaram de igual para igual com a seleção canarinho.
Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas e mais uma vez ficou comprovado isso. Neymar sofreu uma contusão mediana, mas o necessário para ser idolatrado como se tivesse morrido. A lesão do jogador Neymar, o tirou de campo e de ficar marcado na historia como o jogador da seleção que sofreu o maior vexame de uma copa do mundo. Assim também aconteceu com Thiago Silva!
O acontecimento de ontem faz o futebol brasileiro rever seus conceitos. Técnicos e dirigentes mudaram a forma do Brasil de jogar, introduziram a cópia do futebol europeu antigo, de força, tirando o futebol arte e o toque de bola, que nos levaram ao orgulho de ser a pátria das chuteiras.
Talvez o maior exemplo de superação e organização, seja a própria Alemanha. Depois de ser eliminada na 1ª fase da Eurocopa, a Alemanha reviu o seu futebol, começando pelo seu campeonato interno, mantendo seus principais jogadores em solo alemão, consequentemente o crescimento de seus clubes como Bayern de Munique e Borussia Dortmund, como também a importação de jogadores obrigando a todos os times aumentarem seu nível.
Na seleção alemã, 16 dos 23 convocados jogam no próprio país, com 6 ou 7 jogando no Bayern de Munique. Na seleção brasileira dos 23 convocados apenas 4 atual no futebol brasileiro, sendo dois goleiros. O atual campeão brasileiro, o melhor time na temporada passada e atual temporada, o Cruzeiro, não teve nenhum jogador convocado. Enquanto a seleção jogava a copa do mundo, o Cruzeiro viajava pelo exterior fazendo amistosos, todos os jogos com vitória. A última partida, com um golaço no meio do campo feito do meia atacante Ricardo Goulart.
Assim como na política, Infelizmente o futebol brasileiro virou um grande negócio, com interesse de patrocinadores em escalar jogadores, onde vemos dirigente meterem a mão em recursos dos clubes, gerando dívidas astronômicas e vista grossa das autoridades.
A escalação de jogadores não é o que temos de melhor. São os que possuem mais carisma, que têm empresários “competentes” e técnicos parceiros.
O sonho do hexa mostra nossa verdadeira realidade.
O futebol Brasileiro tem que começar do zero!