O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), investigado na Operação Lava Jato por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, disse que o Partido Progressista “acabou”.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (9), acompanhado da família, o deputado chegou a chorar. Ele é um dos políticos que integram a lista de Rodrigo Janot, procurador-geral da República que divulgou na última sexta (6) os nomes de suspeitos no esquema de corrupção na Petrobras.
“Sempre tive uma postura de enfrentar isso [corrupção]. Tenho que andar na rua e ver a sociedade me questionando sobre o que sempre preguei. Isso machuca, machuca a gente”, disse chorando.
Para o deputado, não há solução para seu partido. “Não há dúvida que o PP acabou”, disse. “Não adianta dizer ‘vamos limpar, vamos mudar’. Se com o [caso de Paulo] Maluf era difícil mudar, imagina com tudo isso [Lava Jato]?”, diz Goergen que chegou a pedir a expulsão de Maluf do partido quando era membro da juventude progressista.
Goergen, que deixou o diretório estadual do partido, afirmou que interpelará judicialmente o doleiro Alberto Youssef para que ele prove seu envolvimento. O deputado diz que nunca conheceu o doleiro.