O pré-candidato a governador ACM Neto (União Brasil) já conta com o apoio de 18 prefeitos entre as 30 maiores cidades da Bahia. O número é o dobro do conquistado pelo pré-candidato à sucessão do grupo governista, que tem nove prefeitos ao seu lado. Juntos, esses 18 municípios cujos prefeitos apoiam Neto possuem mais de 5,7 milhões de habitantes, quase 40% da população baiana.
Neto, inclusive, conta com o apoio dos prefeitos de todas as cinco maiores cidades baianas: Bruno Reis (Salvador), Colbert Martins (Feira de Santana), Sheila Lemos (Vitória da Conquista), Elinaldo Araújo (Camaçari) e Suzana Ramos (Juazeiro). Na capital, Bruno Reis (União Brasil), apoiado por ACM Neto, foi o prefeito eleito no primeiro turno,com o maior percentual entre todas as capitais do Brasil: 64,20%.
Completam a lista Marcelo Belitardo (Teixeira de Freitas), Zé Cocá (Jequié), Zito Barbosa (Barreiras), Dinha Tolentino (Simões Filho), Cordélia Torres (Eunápolis), Genival Deolino (Santo Antônio de Jesus), Júnior Marabá (Luís Eduardo Magalhães), Dr. Pitágoras (Candeias), Nilo Coelho (Guanambi), Alberto Castro (Dias D’Ávila), Laércio Júnior (Senhor do Bonfim), Rodrigo Hagge (Itapetinga) e Elmo Nascimento (Campo Formoso).
Neto vem percorrendo o interior do estado, por meio do movimento Pela Bahia, desde o ano passado, tendo visitado mais de 120 municípios. Em maio, o pré-candidato visitou algumas das cidades citadas acima, como Itapetinga, no dia 21, quando fez carreata pela cidade ao lado do prefeito Rodrigo Hagge (MDB). No dia 22, foi a Campo Formoso para ato político com o prefeito Elmo Nascimento (União Brasil).
Construção
Parte desse apoio foi construído pelo grupo do União Brasil com vitórias sobre candidatos apoiados pelo governo do estado e que disputavam a reeleição em 2020. Em Juazeiro, por exemplo, Suzana Ramos (PSDB) derrotou Paulo Bomfim (PT), então prefeito, por 55,68% dos votos contra 29,09%. A vitória tirou aliados petistas do cargo após 12 anos.
O mesmo ocorreu nas eleições de Teixeira de Freitas, Eunápolis, Santo Antônio de Jesus, Luís Eduardo Magalhães, Guanambi, Senhor do Bonfim e Campo Formoso. Em todas essas sete cidades, candidatos apoiados por ACM Neto derrotaram aliados do grupo petista que eram candidatos à reeleição.
Em Feira de Santana e em Vitória da Conquista, os candidatos apoiados por ACM Neto, Colbert Martins e Herzem Gusmão, foram ao segundo turno atrás dos petistas Zé Neto e Zé Raimundo, respectivamente, mas viraram a disputa. Herzem faleceu em março de 2021 e sua vice-prefeita, Sheila Lemos (União Brasil), assumiu o posto.
Conta a favor de ACM Neto, também, os apoios conquistados com a ida do PP para a sua base de apoio. Zé Cocá e Dr. Pitágoras, prefeitos de Jequié e Candeias respectivamente, declararam publicamente o seu apoio ao pré-candidato do União Brasil recentemente.
Por fim, Rodrigo Hagge, prefeito de Itapetinga, que recebeu o apoio de ACM Neto em 2020 para a reeleição – e que foi reconduzido ao cargo com 70,31% dos votos -, manteve o seu apoio ao pré-candidato do União Brasil apesar da ida do MDB, seu partido, para a base de apoio do candidato governista.
Alianças
Em entrevistas recentes, ACM Neto tem destacado a força da aliança política que tem construído para a disputa pelo Palácio de Ondina. “Nunca houve, em toda a história do nosso estado, uma candidatura de oposição com tanta força como a que estamos organizando”, disse, numa das entrevistas.
Neto, contudo, tem ponderado também que, para além dos apoios políticos, sua principal aliança está com o povo da Bahia. “Tem pré-candidato ao governo da Bahia que fala mais de padrinho político do que de si ou de propostas. Pois eu digo o seguinte: os meus padrinhos são os mais de 10 milhões de baianos que querem mudar o governo porque acreditam que a Bahia não pode mais ser o estado campeão da violência e último lugar em educação. São esses mais de 10 milhões de padrinhos que vão me levar à vitória em outubro”, ressaltou.
No fim da disputa eleitoral de 2020, após as vitórias dos candidatos apoiados por Neto no segundo turno em Feira e Conquista, o ex-prefeito da capital pontuava que as reeleições de Colbert e Herzem eram simbólicas e confirmavam “que novos ventos começam a soprar em nosso estado”. “Ventos que mostram que os baianos estão preparados para construir um futuro ainda muito melhor”, disse, à época.