Cobiçados tanto por Jair Bolsonaro (PL) como pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dirigentes da União Brasil divergem sobre o rumo a seguir no segundo turno.
A maioria dos estados —segundo líderes do partido— tende a apoiar Bolsonaro, mas o respaldo ao chefe do Executivo esbarra em duas figuras-chave do partido: Luciano Bivar, que preside a União Brasil, e ACM Neto, secretário-geral.
De acordo com aliados, Bivar gostaria de declarar apoio a Lula, mas não tem condições políticas de fazer uma articulação interna que leve a sigla para esse caminho.
Outros integrantes da União, como Mauro Mendes, governador reeleito de Mato Grosso, querem empurrar a legenda para o campo de Bolsonaro. O governador reeleito de Goiás, Ronaldo Caiado, também sinalizou a correligionários que deve declarar apoio ao presidente.
A expectativa de dirigentes é que a posição da sigla saia até esta quinta-feira (6). Nesta eleição, a União Brasil elegeu 59 deputados, a terceira maior bancada da Câmara. O partido teve ainda uma candidata ao Planalto, Soraya Thronicke, que recebeu 0,51% dos votos.
A aproximação de integrantes da legenda com a campanha de Bolsonaro já começou. O vice-presidente da União Brasil, Antônio Rueda, participou nesta segunda (4) de reunião no Palácio da Alvorada para discutir os rumos da candidatura de Bolsonaro no segundo turno.
Já o ex-prefeito de Salvador ACM Neto esteve em Brasília nesta segunda, conversou com os correligionários e defendeu a liberação dos diretórios estaduais.
A expectativa de dirigentes é que a posição da sigla saia até esta quinta-feira (6). Nesta eleição, a União Brasil elegeu 59 deputados, a terceira maior bancada da Câmara. O partido teve ainda uma candidata ao Planalto, Soraya Thronicke, que recebeu 0,51% dos votos.
A aproximação de integrantes da legenda com a campanha de Bolsonaro já começou. O vice-presidente da União Brasil, Antônio Rueda, participou nesta segunda (4) de reunião no Palácio da Alvorada para discutir os rumos da candidatura de Bolsonaro no segundo turno.
Já o ex-prefeito de Salvador ACM Neto esteve em Brasília nesta segunda, conversou com os correligionários e defendeu a liberação dos diretórios estaduais.
Ele disputa o segundo turno da eleição para o Governo da Bahia com Jerônimo Rodrigues (PT) e atua para evitar um apoio formal da União Brasil a Bolsonaro.
Na Bahia, Lula recebeu 49,73% dos votos, contra 24,31% para Bolsonaro. O candidato petista ao governo estadual, por sua vez, não venceu no primeiro turno por pouco: obteve 49,45% dos votos, contra 40,8% para ACM Neto.
O principal pedido do ex-prefeito é para que os estados tenham autonomia para resolver seus rumos, independentemente de uma orientação nacional da União Brasil.
Neto já decidiu que, no nível estadual, não deve declarar apoio a nenhum dos dois presidenciáveis. A pressão para manter a neutralidade do diretório nacional da União Brasil é justamente para evitar uma decisão que acabe contaminando o quadro local —ele conta com eleitores que votam em Lula para o Planalto.
No domingo (2), após o fim da apuração na Bahia, Neto indicou que deve manter o discurso de neutralidade no segundo turno.
“Temos uma linha que não vou, de maneira nenhuma, modificar. Vou mostrar aos baianos que estamos prontos para governar com o presidente que o Brasil escolher”, disse.
Aliados de ACM Neto estimam que cerca de metade dos 3,3 milhões de votos obtidos pelo ex-prefeito no primeiro turno foram de eleitores de Lula. Em Salvador, tanto o ex-presidente como o ex-prefeito venceram em todas as zonas eleitorais da cidade.
Por outro lado, o ex-prefeito de Salvador precisa também dos 738 mil votos dos eleitores de João Roma (PL), que terminou a disputa para o governo baiano com 9%.
A conta não é simples. João Roma tem uma trajetória política que começou como assessor e secretário de ACM Neto, mas ambos romperam em janeiro de 2021. Na ocasião, Roma assumiu o Ministério da Cidadania no governo Bolsonaro.
O rompimento descambou para o campo pessoal na campanha, quando Roma disse querer distância do antigo aliado. ACM Neto rebateu acusando Roma de traição e lembrando que é padrinho da filha do ex-ministro.
Há a expectativa, porém, que alguns integrantes da União Brasil na Bahia declarem apoio a Bolsonaro. Dessa forma, pode haver uma mobilização entre militantes e bases eleitorais baianas para levar o voto de Roma a Neto.
Informações da Folha de São Paulo.