O “puxa-saquismo” é uma das mais deploráveis facetas das condições humanas existenciais. Através dela, muitos negligenciam suas personalidades e dignidades em prol de alguém que acredita ser de uma estirpe superior à sua. Não por crer piamente nisso, mas por objetivar tirar alguma espécie de proveito.
Bajula-se o ego alheio por algum interesse. Serve-se de capacho por estratégia, seguindo a seguinte lógica: Pise em mim hoje que amanhã poderei pisar em alguém menos favorecido. Daí a nossa classificação de tal condição como genuinamente deplorável.
O “puxa-saquismo” faz com que aqueles que servem de capacho, fiquem cegos, e não enxerguem os erros e deslizes que os protagonistas desse tipo de relação por ventura cometam. É como aqueles tipos de relacionamento, onde um dos pares corneia escancaradamente o seu parceiro, mas o chifrado prefere não crer, ou simplesmente, vê e finge não ser com ele.
Em Ilhéus, toda vez que uma nova gestão está prestes a assumir o Paranaguá, uma considerável leva de puxa-sacos surge dos quatro cantos do município.Nenhuma novidade ante isso, pois, a estrutura das administrações públicas no Brasil permite que ao bel prazer dos gestores, muita gente goze de inúmeras benesses. Daí a justificativa da existência dos puxa-sacos de plantão, que, na menor das críticas tecidas contra os seus guias “espirituais”, esperneiam que nem crianças contrariadas.
Dá chupeta que os nenéns querem mamar…