A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (23), a Operação Porto Seguro, com o fim de desarticular organização criminosa que se infiltrou em diversos órgãos federais para a obtenção de pareceres técnicos fraudulentos com o fim de beneficiar interesses privados. A ação ocorre na capital e no interior de São Paulo e em Brasília.
Os policiais federais cumprem 6 mandados de prisão, dos quais 2 são contra servidores públicos. Cumprem ainda 43 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cruzeiro/SP, Dracena/SP, Santos/SP, São Paulo e Brasília.
Um servidor da Advocacia-Geral da União (AGU) é um dos alvos . O Jornal Nacional informou que foram feitas apreensões de documentos na sala de José Weber Holanda, o segundo na hierarquia da AGU. O ministro Luís Adams abriu investigação interna porque haveria outros procuradores envolvidos, de acordo com o JN.
A investigação chegou também na chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, que usava o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer tráfico de influência, indicam escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal. A Rose, como é conhecida, era presença constante nas comitivas presidenciais ao lado de Lula. Também foi assessora do ex-ministro José Dirceu por 12 anos antes de trabalhar diretamente com Lula. ( Clique aqui e veja a matéria completa na Revista Veja )
O inquérito policial teve início em março de 2011 após a PF ter sido procurada por um servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) que se viu envolvido num esquema no qual lhe foram oferecidos R$ 300 mil para que elaborasse um parecer técnico para beneficiar um grupo empresarial do setor portuário.