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Hoje, sem sombras de dúvidas, a imagem das amêndoas de cacau ardendo em labaredas chamou a atenção da população da região. O acontecimento sucedeu-se durante protesto de agricultores no porto do Malhado, contra as importações de cacau destinadas para uma região que outrora foi a maior produtora do planeta da matéria prima do chocolate.

A imagem foi altamente simbólica.

Vejamos, o fogo, em algumas civilizações antigas, significa transformação. Algo sob o efeito das chamas, jamais será a mesma coisa. Inconscientemente, os produtores desejam piamente isso, que a situação vivida por eles mude. Mudança essa que o fogo ajuda a provocar em tudo aquilo que tem contato.

Nos cultos afro-brasileiros o elemento fogo é ligado à Xangô. Orixá da Justiça e que não dá descanso aos que mentem e que cometem crimes. Ele também estava ali presente, talvez simbolicamente na figura do africano já sem vida, que se arriscou atravessar o oceano para conseguir ganhar dinheiro e ter melhores condições de vida. Dinheiro que inclusive estava sendo queimado indiretamente através das amêndoas de cacau.

São os simbolismos que permeiam as entrelinhas do nosso cotidiano…

A subsecretária-geral para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Valerie Amos, disse hoje (5) que os programas sociais, desenvolvidos no Brasil, são exemplos para o restante do mundo. Para ela, é fundamental compartilhar as experiências brasileiras na tentativa de erradicar a pobreza e desenvolver a agricultura no mundo.

“Nós queremos muito aprender as lições do que está ocorrendo aqui no Brasil [de erradicação à pobreza, combate à fome e agricultura familiar]. Queremos muito nos engajar”, ressaltou Valerie, que está em visita ao Brasil.

“Os exemplos do Brasil são uma parte muito importante. A abordagem sempre foi integrada. Isso é algo que deve ser analisado. Vários países querem aprender essas lições. O Brasil foi pioneiro. Queremos capturar essas lições e compartilhar com os nossos parceiros.”

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As intervenções no trânsito de Ilhéus, visando melhorar o fluxo de veículos que fazem o trajeto da zona sul para o centro e vice-versa, visivelmente não deram certo.

Desde ontem, quando começaram a ser implementadas, o trânsito que já era complicado, tornou-se caótico.

De acordo com relatos de muitos dos nossos leitores, a média de tempo gasto é de mais de 30 minutos para chegar ao centro da cidade vindo dos bairros da zona sul.

A fila de veículos chegou nas proximidades do hotel Opaba.

Alguns atribuem isso ao religamento de alguns semáforos que haviam sido desativados.

Na manhã dessa terça-feira, no porto internacional do Malhado, em Ilhéus, produtores de cacau da região realizaram uma grande manifestação.

A motivação do ato foi demonstrar plena insatisfação com as importações de cacau e com os preços baixos do produto.

Além de centenas de agricultores, marcaram presença lideranças políticas, a exemplo dos deputados estaduais Pedro Tavares, Leur Lomanto Júnior e Sandro Régis.

A manifestação foi marcada para coincidir com a chegada de um navio vindo de Gana, que desembarcaria no porto um grande carregamento de cacau.

Para a surpresa de todos, quando o navio começou a ser descarregado, o corpo de um homem foi encontrado, em baixo da lona usada para proteger as amêndoas.

A situação revoltou ainda mais os manifestantes, que denunciam supostas contaminações do produto importado.

A polícia federal e o IML já estão no local para tratar do inusitado caso.