Por Aldircemiro Ferreira Duarte – Mirinho
Não estamos aplaudindo o imobilismo, a inércia, nem a inoperância de um governo que abandonou a nossa região empobrecida e carente de políticas públicas.
Não estamos aplaudindo um governo que há pouco mais de um ano se distanciou da população regional, por não ter até ali a definição de como seria viabilizada a construção do Porto Público – do Porto Sul – posto que, somente agora, foi anunciada a proposta de constituição da Sociedade de Propósito Específico–SPE com esse objetivo.
Não vamos aplaudir o governador porque, finalmente, com atraso, assinou o contrato de concessão para implantação do terminal de uso privativo da BAMIN. Enquanto o apressado come cru, o vagaroso não come nada. Quem planeja certo, chega na hora certa, no lugar certo.
Mas, enquanto administrativamente o governo estadual representa um caos para a mesorregião sul baiano, POLITICAMENTE, o seu mandatário Jaques Wagner se mostra hábil, inteligente, bem articulado e decidido, principalmente, quando se trata de dialogar com adversários políticos históricos, ainda que, contrariando aos seus correligionários. Somos obrigados a reconhecer e respeitar esses atributos inerentes à figura do nosso governador.
Ele sabe que o seu PT não dispõe de um nome de consenso capaz de fazer o seu sucessor e se forçar a barra por esse caminho, não é preciso ser profeta, nem ter o dom de Madame Beatriz: a derrota será inevitável. Problemas à vista.
Sabe também que dentre os partidos aliados três nomes se destacam e, se trabalharem, reunirá condições de concorrer no próximo pleito, embora sem a garantia de vitória: A Senadora Lídice (PSB), o vice-governador Otto Alencar(PSD) e o Deputado Marcelo Nilo(PTD).
Está aí um grande impasse de solução política.
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