[message_box title= “Mas, o Prefeito insiste impositivamente na celebração do Pacto Social. Contudo, não existe pacto sem confiança. Ele quebrou a confiança e fez a população dele se distanciar.” color=”red”]Por Aldircemiro Duarte – coordenador do Comitê de Entidades Sociais em Defesa de Ilhéus e Região (Coeso)[/message_box]
Dos 132.366 mil votos apurados no último pleito municipal, 30,02%(39.733 votos) foram sufragados em favor do Prefeito Jabes Ribeiro(PP); enquanto 22,51%(29.705 votos) foram direcionados à Carmelita Ângela(PT) e, 15,55%(20,571 votos), creditados a Jorge Luiz(PSOL).
Entretanto, os eleitores que optaram por protestar não votando em nenhum desses candidatos correspondeu a 31,92%,(42.257 mil), compreendendo a abstenções(33.037); votos nulos(6.105) e brancos(3.115).
Apesar de 42.257 mil eleitores rejeitarem os três nomes apresentados a sociedade ilheense para governar o nosso município, a minoria elegeu o Prefeito Jabes Ribeiro com 39.733 votos.
Trata-se de uma anomalia eleitoral que merece a atenção dos legisladores, porquanto, o candidato para ser eleito a cargo Executivo, deveria como regra, obter uma votação acima do total de votos invalidados, independente da sua vantagem em relação aos demais concorrentes.
Esse fato coloca o prefeito Jabes Ribeiro no cenário da história política do país como um VITORIOSO REJEITADO, por estar inserido no quadro “sui generis” de Vitória Reversa.
Não obstante a condição de vitorioso rejeitado, ao pressentir que a sua Administração moribunda é caso sem solução, buscou junto à sociedade civil organizada celebrar um Pacto Social, para dividir a responsabilidade do fracasso. E foi atendido.
Pacto é acordo e se faz com transparência e seriedade. Mas, não foi esse o rumo dado pelo Alcaide que preferiu apresentar aos segmentos sociais, peças documentais contendo informes técnico-contábeis maquiados, para mascarar de verdade um suposto agravamento do quadro real pelo qual atravessa o Município e, assim, poder manobrar livremente as suas ações, inclusive, subtrair direitos dos servidores, por conta de uma situação senão inexistente, obscura, com apoio da sociedade.
O tiro saiu pela culatra. A APPI e o SINSEPI contestaram, provaram e desmentiram a falsidade dos levantamentos apresentados pela Administração.
E a mentira provocou o aborto do Pacto Social que nem chegou a embrião.
Aliado a isso, a juventude do Reúne Ilhéus foi nitidamente lesada na sua boa fé pelo governo municipal que reteve os documentos principais para efeito de embasamento dos cálculos da tarifa do transporte coletivo e continua “empurrando com a barriga” o fornecimento desses dados, impossibilitando-a de elaborar a sua própria planilha para confrontar com a planilha a ser apresentada pelas concessionárias. Isso é falta de transparência e de respeito ao povo.
Como se não bastasse, utilizando-se das suas velhas e conhecidas estratégias, o Prefeito buscou infrutiferamente, apoio junto ao PC do B para demitir 400 servidores, enquanto, contraditoriamente, em entrevista concedida à Rádio Metrópole, no Programa de Mário Kersetz, anunciou a demissão de 700 servidores públicos de Ilhéus.
Um misto de mentira e terrorismo. O Prefeito não tem a “macheza” de cumprir com esse anúncio, nem mesmo usando o poder do qual sempre se investiu, a arbitrariedade,porque, além de esbarrar nos critérios legais, lhe falta apenas 18% para ser contemplado com a rejeição total – 100% – da população.
Quanto à malfadada estratégia das demissões, o Prefeito esperou contar com o apoio dos servidores supostamente ameaçados para conflitar com os seus respectivos sindicatos, objetivando forçar um acordo, onde as entidades recuariam das suas reivindicações, em troca da suspensão das demissões, além de tentar, em vão, jogar a sociedade civil contra essas entidades sindicais, mas não conseguiu atingir o seu objetivo.
Essas manobras ultrapassadas já renderam ao Prefeito a concentração do Reúne Ilhéus por 30(trinta) horas dentro e há mais de 72(setenta e duas) horas acampado frente ao Palácio Paranaguá, aguardando apenas cópias de documentos públicos solicitadas há mais de um mês, cujo Prefeito tem o dever de lei de fornecê-las. Afinal, existe algum problema para atender ao Reúne Ilhéus ?
Rendeu, também, a insatisfação e repúdio da sociedade pela inexistência total dos serviços públicos nesses 07(sete) meses de gestão e, ainda, a suspensão temporária desses serviços – que já estão suspensos por inércia e incompetência do governo municipal – com indicativo de greve, caso o grupo palaciano não apresente às entidades sindicais com nitidez e fundamento, o índice de reajuste salarial dos servidores.
Mas, o Prefeito insiste impositivamente na celebração do Pacto Social. Contudo, não existe pacto sem confiança. Ele quebrou a confiança e fez a população dele se distanciar. É caminho de ida ao precipício e não tem volta. O Município está entrando em colapso econômico, financeiro e social. A tendência é piorar, enquanto Jabes Ribeiro se mantiver no cargo de Prefeito.
As pesquisas denunciam que 82% dos ilheenses não confiam no Prefeito e os 18% que faltam para complementar os 100% de rejeição serão atingidos logo, logo.
O problema do Município não são apenas os problemas que a cada dia se agravam, pois, o principal problema é o Prefeito que não goza da confiança da população para resolvê-los em conjunto com a sociedade. Confiança quebrada é como noite perdida, não se recupera.
Há quem diga que o Prefeito Jabes sempre tentou se espelhar em ACM. Só que ACM teve a sua fase de Malvadeza, mas, morreu como “Toinho Ternura”, enquanto Jabes, imutavelmente, continua o JABINHO PERVERSIDADE.
O Pacto Social é a solução e o Prefeito Jabes Ribeiro a sua peça fundamental. Só ele pode salvar Ilhéus. Como?
– POR AMOR E RESPEITO À ILHÉUS, RENUNCIANDO.
AMÉM!