Por Aldircemiro Ferreira Duarte/ Mirinho
Sabemos que a equipe de negociadores que representa o município na questão da greve dos servidores está instruída para “empurrar com a barriga” a solução do problema, porque não se pode admitir tanta inabilidade, tanta incompetência.
O Prefeito Jabes Ribeiro nunca foi de delegar poderes a alguém para ultimar qualquer decisão relacionada com assuntos do município e os dois meses de greve revelam que embora inexistam óbices, porque não há o que se negociar, mas, o que se conceder em respeito ao dever legal, ele, usando a equipe de negociadores qual fantoches e agindo por detrás dela, vem procrastinando o cumprimento da obrigação constitucional, insistindo em não conceder o índice de reposição salarial a que fazem jus os servidores. Até quando?
O Prefeito já extrapolou os limites da tolerância dos seus administrados e na cegueira da sua arrogância que contamina o Poder, pouco se importa com os rumos do município, empurrando-o cada vez mais para ao fundo do poço, pois, quando a greve dos servidores eclodiu há quase dois meses, o município já estava parado há 07 meses, pois, nenhum dos setores funcionava, portanto, a greve iniciou a partir da posse do Alcaide por incapacidade e incompetência da sua gestão. Isso é fato. Alguns postos de saúde e escolas do município ainda não funcionaram no ano de 2013. Alguém contesta?
O pacto social seria uma saída para a crise que assola o município, porém pacto se firma com quem se acredita, onde todos cedem, todos opinam e prevalece a decisão da maioria dos pactuantes. Porém, celebrar um acordo dessa natureza com o Prefeito Jabes Ribeiro, todos cederiam, mas, prevaleceria, por imposição, a sua vontade e os segmentos pactuantes seriam usados como massa de manobra, inclusive, os sindicatos dos servidores públicos teriam de abrir mão da reposição salarial, em nome de um limite prudencial mal assombrado. Quem de nós, em pleno gozo da saúde mental, se arriscaria em pactuar com o gestor Jabes Ribeiro, que atinge 84%(oitenta e quatro por cento) de rejeição? Você o contrataria para gerir a sua empresa, nos mesmos moldes como ele administra o município?
Mas, as suas facetas e façanhas não param por aí.
O Prefeito tem tentado todos os meios para desgastar os sindicatos dos servidores municipais, que contam com o apoio de todas as categorias de trabalhadores, mesmo porque a greve trata de questão puramente salarial.
A conotação política dada à greve, envolvendo deputados na mesa de negociação em Salvador; a reunião para tratar do assunto no OPABA, quando sem pré-aviso foi designada para outro local; o falso temor confessado em executar as suas tarefas no Palácio Paranaguá, para não ser agredido pelos jovens do Reúne Ilhéus, enquanto, contraditoriamente, sem sofrer qualquer ofensa, desfruta de um final de tarde, no bate papo entre amigos, na Praça da Irene; as reuniões diárias marcadas em vão, para ratificar que não concederá o direito dos servidores, se de um lado demonstram o descaso do Prefeito Jabes Ribeiro em relação aos problemas do município, do outro, sinaliza que o aquecimento da temperatura no termômetro da tolerância da população está se tornando insuportável.
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