Agência Brasil
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou ontem (17) que os empregados que aderirem ao Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário da Petrobras vão receber dez remunerações, além dos 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), “com piso e teto estabelecidos pela empresa”. As adesões serão feitas de 13 de fevereiro a 31 de março, e o programa deverá abranger até 8.379 petroleiros, dos quais 6.879 já estão aposentados.
A FUP criticou a forma como o programa foi apresentado aos petroleiros e protocolou um protesto na estatal. Para a federação, o programa de desligamento dos empregados, que vem sendo chamado de Programa de Otimização da Produtividade, “está sendo imposto de forma autoritária, sem qualquer negociação prévia com a FUP e seus sindicatos”.
Por isso, a entidade defendeu a reposição imediata de todos os postos de trabalho liberados pelo programa. “Os petroleiros já estão vivendo uma situação gravíssima de insegurança, como comprovam os recentes acidentes [na empresa]”, disse o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes.
Segundo ele, uma das preocupações é com os postos de trabalho da área operacional. De acordo comTozini, a empresa já informou que pretende repor os trabalhadores que saírem. “Ela não só não vai demiti-los de imediato, como vai fazer com que eles assinem um compromissos de ficar 36 meses passando [aos novos] o trabalho e conhecimentos adquiridos.”