A candidata à presidência da República Marina Silva (PSB) afirmou durante sabatina promovida pelo jornal O Estado de S.Paulo que a sua carreira política a impede de ser comparada com o ex-presidente da República Fernando Collor de Mello, que ocupou o cargo entre 1990 e 1992, quando sofreu o impeachment.
Marina pensou para responder e disse que não pode ser comparada a ele. “Eu diria que pode ser uma escolha. A sociedade brasileira me conhece, conhece os valores que eu defendo, a luta que eu tenho há mais de 30 anos. Eu comecei como vereadora, comecei como deputada, senadora por 16 anos, ministra do Meio-Ambiente. Imagina se eu dissesse se uma pessoa que nunca foi eleita nem vereadora, ser eleita presidente do Brasil. Aí sim poderia parecer Collor de Mello”, afirmou.
Nesta terça-feira, a campanha da petista Dilma Rousseff comparou Marina aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor pela falta de apoio político que ambos contavam no Congresso Nacional em suas respectivas gestões.
Ao citar que a atual base de Marina conta com 33 deputados na Câmara e que é necessário 129 para aprovar um projeto de lei, o locutor questiona: “Como é que você acha que ela vai conseguir esse apoio sem fazer acordos? E será que ela quer? Será que ela tem jeito para negociar?”
Em seguida, a propaganda de Dilma diz que “duas vezes em sua história, o Brasil elegeu salvadores da pátria, chefes do partido do eu sozinho”. Nesse momento, imagens de Jânio Quadros, que renunciou à Presidência em 1961, e da Folha de S.Paulo da época do impeachment de Fernando Collor, em 1992, apareceram na tela.
Marina também respondeu com ataques aos seus principais adversários ao comentar as erratas feitas em seu programa de governo menos de 24 horas depois da apresentação do documento. Entre as correções estavam demandas do movimento gay.”Pior que ter um programa para colocar em debate são aqueles que não apresentaram nenhum programa. Nós apresentamos e de repente todos estão debatendo. Quem bom que Dilma e Aécio, que ainda não apresentaram, estão lendo o nosso”, afirmou a candidata.
Informações do Estadão e UOL eleições