Marco Temporal: DPU recomenda rejeição integral de projeto para terras indígenas


Foto da Fachada do Congresso Nacional, em Brasília. Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil.

A Defensoria Pública da União (DPU) apontou a necessidade de rejeição integral do projeto de lei do marco temporal na demarcação de terras indígenas (PL 490/de 2007). A recomendação está em nota técnica encaminhada pelo defensor público-geral federal em exercício, Fernando Mauro Junior, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, nesta sexta-feira (26).

Desde quarta (24), o texto tramita em regime de urgência na Casa. “A aprovação do Projeto de Lei 490/2007 representaria grave violação de direitos humanos, contrariaria os deveres do Estado brasileiro explícitos na Convenção da ONU sobre a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio e, também, afrontaria precedentes do Sistema Interamericano de Direitos Humanos”, diz trecho do documento.

De acordo com a nota técnica, a tese do marco temporal despreza o caráter originário dos direitos territoriais indígenas atualmente reconhecidos pela Constituição Federal de 1988. “Seria um contrassenso admitir que o mesmo texto constitucional tivesse estabelecido qualquer marco temporal para o reconhecimento das terras indígenas”, destacam os defensores na nota.

Dessa forma, para os defensores e defensoras que assinam o documento, a atual Constituição não pode ser utilizada como referência para a ocupação indígena, que tem parâmetros diferentes dos requisitos da posse do direito civil.

“O que se sabe é que o território – quando transformado em terra – é o espaço físico necessário para que determinada sociedade indígena desenvolva suas relações sociais, políticas e econômicas, segundo suas próprias bases culturais. É o elo subjetivo dos povos indígenas com seu território tradicional que permite serem quem eles são e, dessa feita, o espaço tem verdadeiro valor para assegurar a sobrevivência física e cultural, sendo por isso de vital importância para a execução dos seus direitos fundamentais.

A nota técnica é assinada pelos coordenadores do Grupo de Trabalho Comunidades Indígenas, defensor público federal Wagner Wille Nascimento Vaz e defensora pública federal Daniele de Souza Osório, e pelo secretário-geral de articulação institucional da DPU, Gabriel Travassos.

Os defensores e defensoras públicos federais João Paulo de Campos Dorini, Marina Mignot Rocha, Thales Arcoverde Treiger, Lídia Ribeiro Nóbrega, Raphael de Souza Lage Santoro Soares, Renan Vinicius Sotto Mayor de Oliveira, Erik Palacio Boson e Benoni Ferreira Moreira, pontos focais do GT, também assinam o texto, assim como o defensor Rodrigo Alves Zanetti, membro do grupo.

Leia a nota técnica aqui.

Criminoso tomba com confronto com a PM em Ilhéus


Foto divulgação Polícia Militar.

A Polícia Militar, por intermédio da Cipe Cacaueira e guarnições da 70º CIPM, deslocaram para a localidade conhecida como Cominho, Bairro da Barra, zona norte de Ilhéus, após denúncia de populares que um grupo de criminosos estavam exibindo armas em púbico, traficando drogas.

Segundo informações policiais, as guarnições foram recebidas a bala pelo grupo criminoso. Um dos suspeitos foi alvejado e socorrido para o Hospital Costa do Cacau, onde foi submetido ao atendimento médico, vindo a óbito. Os outros conseguiram fugir.

O meliante morto foi identificado pelas iniciais D.S.P.S, vulgo Rato, suspeito de atingir dois policiais da 69ª CIPM com tiros no ano de 2019.

Todo o material apreendido foi apresentado na delegacia de Polícia.

Próximos passos de Moraes no TSE são tornar Bolsonaro inelegível e cassar Zambelli


O ex-presidente Jair Bolsonaro e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).Foto de Marcos Corrêa/PR – 2019.

 

O ministro Alexandre de Moraes aguardava apenas as indicações para as duas vagas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para avançar com o processo que deve tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) inelegível.

Na Corte também é dada como certa a cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), alvo do inquérito das fake news.

As nomeações para o TSE saíram em tempo recorde. No mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhou os nomes ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele fez as escolhas.

Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares substituirão os ministros Sérgio Banhos e Carlos Horbach. Os dois são ligados a Moraes.

Na ocasião, o ministro, que é presidente do TSE, agradeceu a “celeridade” do presidente Lula. Agora, a expectativa no Planalto é de que retribua com a mesma velocidade.

Informo de Roseann Kennedy/Estadão.

Mega-Sena acumula e prêmio vai para R$ 57 milhões


O sorteio do concurso 2.596 da Mega-Sena foi realizado na noite desse sábado (27) no Espaço da Sorte, em São Paulo. Não houve ganhadores.

O prêmio acumulou e para o próximo concurso, na quarta-feira (31), é estimado em R$ 57 milhões.

As dezenas sorteadas foram: 34 – 35 – 39 – 47 – 51 – 56.

A quina registrou 71 apostas vencedoras. Cada uma vai pagar prêmio de R$ 64.445,75. Já a quadra teve 4.564 ganhadores, cabendo a cada acertador R$ 1.432,21.

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 5.

 

Fonte: Agencia Brasil.

Vídeo: Homem é preso em flagrante por tentativa de homicídio em Ilhéus


Um homem foi preso em Ilhéus na noite desta sexta-feira (26), por tentativa de homicídio, no Parque Infantil, zona norte de Ilhéus.

Segundo informações de testemunhas, a vítima tentando se proteger, entrou na farmácia Velanes, sendo perseguido pelo suspeito, que deferiu vários golpes de facão na cabeça e braço. A vítima mesmo ferido, entrou em luta corporal e contou com a agilidade da Polícia Militar, por intermédio da guarnição da 70º CIPM, que chegou no ato e prendeu o suspeito em flagrante.

A vítima foi socorrida pelo Samu para unidade hospitalar. Não há informações sobre seu atual estado de saúde.

Um leitor do Blog Agravo presenciou todo o ato de violência, narrou o desespero da vítima: “Brigou para não morre”.

O suspeito foi conduzido à delegacia de homicídios da cidade, para a formalização do auto de prisão em flagrante. A motivação da tentativa de homicídio está sendo investigado pela Polícia Civil.

Vídeo:

Estamos ao vivo!


Estamos ao vivo com mais um episódio do Super Blogs! 🎥

🕔 ÀS 17h

➡️ Convidado de hoje: Vereador Professor Gurita.

📢 Nesta sexta-feira, dia 26 de maio, às 17h, traremos os comentários das principais notícias da semana envolvendo questões internacionais, nacionais, estaduais e locais.

Além disso, o bastidores da política ilheense com o vereador Professor Gurita.

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Assista ao vivo: 

 

Professora da Uesc nomeada para o Ministério da Igualdade Racial


A professora doutora Luzineide Miranda Borges (Luzi Borges), do Departamento de Ciências da Educação(DCIE) da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), foi indicada pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como diretora de Políticas para Povos e Comunidade de Terreiro de Matriz Africana e Povos de Terreiro. A Diretoria faz parte da Secretaria de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidade de Terreiro de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Cigano do Ministério da Igualdade Racial.

A professora Luzi Borges é doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), mestre em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia (2008), especialista em Metodologia do Ensino Superior, graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia além de professora adjunta e do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Educação (PPGE) da Uesc..

Luzi Borges é servidora pública desde 1993. Na Bahia, ela já foi coordenadora de Projetos Sociodigitais, na Secretaria Estadual de Ciências e Tecnologia e, na Uesc, foi coordenadora de curso de licenciatura EaD, coordenadora do Programa Universidade para Todos, coordenadora Institucional do Programa Residência Pedagógica e vice coordenadora do Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Educação (PPGE).

Com vários artigos e pesquisas desenvolvidas na área de educação com recorte em raça, gênero e educação antirracista, teve seu livro “CIBERXIRÈ: redes educativas e o ciberativismo da Juventude de Terreiro da nação Ijexá”, publicado no meio da pandemia, em 2021. Em 2022, lançou seu segundo livro “Narrativas Ancestrais: histórias e trajetórias das mulheres negras na Bahia”, em parceria com “mãe” Marise de Santana, Washington Nascimento e outras autoras. Em 2020, foi homenageada com o troféu Mãe Ilza Mukalê e em 2022, no Novembro Negro, foi homenageada pela Câmara de vereadores de Ilhéus na categoria literatura.

A atuação da diretoria para a qual foi nomeada faz parte das áreas de pesquisa da professora Luzi Borges – racismo religioso, religiosidades afro e Juventudes de Terreiro -, com ênfase nos temas de gênero, raça, educação e ciberativismos. Atualmente, ela é coordenadora do Grupo de Pesquisa Ciberxirè: redes educativas, juventudes e diversidade.

Ao ser informado sobre a nomeação, o reitor da Uesc, Alessandro Fernandes de Santana, declarou que “as ações da professora Luzi Borges são imprescindíveis para a construção e a consolidação de um país melhor em todas as áreas da sociedade. O seu comprometimento, a sua dedicação e amor impacta vidas. Por essa razão, a nossa Universidade parabeniza a professora pela nova função, mas sobretudo por sua capacidade de iluminar caminhos e, como consequência, melhorar a vida das pessoas por meio do seu trabalho”, declarou.

Homem é preso após planejar ataque contra os pais e integrantes de Igreja em Ilhéus


Um homem foi preso em flagrante por policiais da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus), após o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência dele na manhã desta sexta-feira (26). Conforme relatos, ele foi autuado pelo crime de terrorismo. Durante a investigação, os policiais identificaram que ele pretendia atentar contra a vida dos próprios pais e de integrantes de uma igreja que ele frequentava.

Na casa foram encontrados três celulares, dois computadores, uma machadinha, uma faca tática, três cadernetas, uma máscara, touca preta de lã, um bastão com parafuso nas pontas, e uma caixa de papelão com frases nazistas.

“A Polícia Civil recebeu a denúncia que foi compartilhada com a 7ª Coorpin de Ilhéus, cujas equipes fizeram as investigações e solicitaram ao Judiciário um mandado de busca e apreensão. Ao chegar na localidade, o homem, de 18 anos, foi autuado em flagrante pelo crime de terrorismo. Ele segue custodiado à disposição do Poder Judiciário e o material apreendido será encaminhado para a perícia”, explicou a coordenadora da 7ª Coorpin, delegada Katiana Amorim.

A Polícia não divulgou o nome do acusado, em face da Lei de abuso de autoridade.

Vídeo: Motorista de aplicativo fica com câmbio preso ao ânus


Um motorista por aplicativo parou o trânsito, no Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro (RJ), depois de ficar com a alavanca do câmbio do carro presa ao ânus, na terça-feira (23/5).

De acordo com testemunhas no local, o homem foi visto correndo de um lado para o outro da via, depois de sentar no câmbio dentro do carro. O objeto, porém, quebrou e ficou preso dentro do motorista, que não conseguiu retirá-lo por conta própria.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para socorrer o motorista e fazer a retirada do objeto. A Polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência também foram chamados. Nas filmagens feitas por testemunhas no local, é possível ouvir o homem gritar, enquanto é levado para uma das macas do Samu.

Vídeo da situação que travou o trânsito no Parque do Flamengo. 

25 trabalhadores são resgatados em situação precária em fazenda de café na região de Encruzilhada, Sudoeste da Bahia


O Grupo Especial de combate ao trabalho escravo resgatou, essa semana, 25 trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão na colheita em uma fazenda de café, no município de Encruzilhada, na Bahia. A equipe da operação foi formada pela Defensoria Pública da União (DPU), auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (SJDH), da Polícia Federal (PF) e da Polícia Militar da Bahia.

Informalidade e condições desumanas

As irregularidades começaram a ser identificadas na segunda-feira (22). Os trabalhadores, vindos de diversos municípios do interior do Estado, foram encontrados em situação de informalidade, sem registro trabalhista. Os safristas, como são chamados, também não foram submetidos a exame admissional.

Segundo os relatos, os pagamentos seriam feitos apenas no final do trabalho. Além disso, várias carteiras de trabalho foram retidas pelo responsável, motivo que os impediu de irem embora.

Na colheita, os trabalhadores atuavam sem equipamentos de segurança e vestimentas adequadas à função, muitos deles descalços ou com apenas sandálias. Na área, não havia instalações sanitárias, nem espaço para refeições. Devido às condições climáticas da região –fria e úmida – e ao vestuário inadequado, pelo menos três deles apresentavam sintomas de doenças e foram encaminhados, após o resgate, a unidades de saúde do município.

De acordo com a equipe, as necessidades fisiológicas dos empregados eram feitas ao ar livre e a água que bebiam era transportada em vasilhames de água sanitária reutilizadas.

A situação dos alojamentos fornecidos pelo empregador também estava precária. Banheiros em péssimo estado de funcionamento e com poucos chuveiros, o que levava ao compartilhamento do ambiente entre homens e mulheres. Alguns trabalhadores cozinhavam dentro de pequenos quartos, o que expunha o grupo ao risco de incêndio e intoxicação com gás. Crianças e adolescentes também foram encontradas residindo nos alojamentos.

Estima-se que, inicialmente, o grupo contava com cerca de 40 trabalhadores, que havia chegado ao estabelecimento há pouco mais de um mês. No momento da fiscalização, no entanto, apenas 25 estavam no local; os outros já haviam ido embora por conta das péssimas condições.

A equipe também apurou que um estabelecimento em localidade próxima dava “crédito” aos trabalhadores a preços muito superiores aos praticados no mercado. “Há um mercadinho próximo à fazenda que praticava preços abusivos. 1kg de café custava 50 reais. Eles eram obrigados a comprar no mercadinho e, praticamente todo o dinheiro que recebiam, era gasto lá”, afirmou a defensora federal Izabela Vieira Luz.

A defensora também pontuou que não havia horário de almoço. Os trabalhadores faziam pequenas pausas, às vezes de 10 minutos, para colherem a maior quantidade de grãos possível. “O horário de trabalho não era de acordo com a lei. Eles entravam 6h da manhã e saíam 17h. Muitos trabalhavam de sábado e domingo sem hora para terminar”, afirmou.

Interdição e Reparação

Constatada a situação de falta de registro e degradância das condições de trabalho e alojamento, retenção de documentos e não pagamento de salários, foi determinada a interdição das frentes de serviço e alojamentos pelos auditores fiscais, com a paralisação imediata das atividades e a retirada dos trabalhadores do local. O representante da empresa foi notificado para prestar esclarecimentos sobre a situação.

Com a interdição, as pessoas ficaram alojadas provisoriamente em uma escola municipal, onde receberam alimentação adequada e acompanhamento do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). O amparo, intermediado por membros da SJDH e da Secretaria de Assistência Social do município, que forneceu alojamento provisório, refeições e instalações para reuniões da força-tarefa, foi fornecido até que os auditores fiscais providenciassem o cálculo das parcelas rescisórias dos contratos de trabalho e a DPU e MPT elaborassem o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Na quarta-feira (24), o proprietário da fazenda compareceu à audiência e reconheceu a situação inadequada, prontificando-se a fazer os pagamentos das parcelas rescisórias a que os contratados tinham direito, além de providenciar o retorno deles às cidades de origem, etapa que será monitorada pela SJDH. No total, foram pagos aproximadamente 100 mil reais. Eles ainda serão encaminhados para receber as parcelas do seguro-desemprego como trabalhadores resgatados.

A ação fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego prosseguirá com a lavratura dos Autos de Infração diante das irregularidades constatadas e a possível inserção das empresas responsáveis pela situação na Lista Suja do Ministério do Trabalho, divulgada periodicamente. Além disso, haverá o pedido de indenização por dano moral por parte do Ministério Público do Trabalho, sem prejuízo da repercussão criminal, que ficará a cargo da Polícia Federal, uma vez que a prática de reduzir trabalhadores a condição análoga à escravidão é crime previsto no artigo 149 do Código Penal brasileiro, com pena de reclusão de dois a oito anos.

Além da defensora federal, integraram a operação a procuradora Manuella Gedeon, os auditores fiscais do MTE, Liane Durão e Mário Diniz; o coordenador de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Combate ao Trabalho Escravo da SJDHDS, Admar Fontes Júnior, e membros da Polícia Militar e Federal.

Informações da Defensoria Pública da União.