Na hora em que um casal decide fazer sexo, há duas preocupações principais que passam pela cabeça de ambos: risco de uma gravidez indesejada e da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, as chamadas DSTs. Em pesquisa divulgada nesta terça-feira (26) , 72% dos brasileiros afirmaram que a responsabilidade pela contracepção e prevenção das doenças é do casal, mas nem tudo são flores: a mesma pesquisa indica que apenas 31% dos homens se previnem contra esses mesmos problemas.
No levantamento, feito pela farmacêutica Bayer, com apoio do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), foram ouvidos dois mil homens de 15 a 25 anos em dez capitais brasileiras: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A situação é mais preocupante se levarmos em consideração o aumentos das DSTs nos últimos anos.
Em 2015, por exemplo, mais de 39 mil homens foram diagnosticados com sífilis e 22,4 mil com Aids, segundo o Ministério da Saúde. O uso correto da camisinha já seria suficiente para evitar esses problemas, mas 16% dos entrevistados alegaram não querer “estragar a diversão” parando o ato para colocar o preservativo. Outros 12% disseram que já deixaram de se proteger por não ter nenhum método contraceptivo na hora da relação, 11% por simplesmente se esquecer, 10% “decidiram se arriscar” e 9% estavam alcoolizados ou sob efeito de drogas durante a relação.
Uso de métodos contraceptivos
Mesmo que 72% dos brasileiros consideram responsabilidade do casal a contracepção e a prevenção de DSTs, apenas 55% dos entrevistados na pesquisa consideram que falar abertamente sobre o assunto é normal. E além de muitos não falarem com as parceiras sobre o assunto, também não falam com profissionais capacitados sobre o tema, já que 38% afirmaram que aprenderam sobre sexo e métodos contraceptivos com amigos e pela internet. Além disso, 60% dos homens entrevistados revelaram que quando têm alguma dúvida sobre sexo a primeira opção para sanar essa dúvida é sempre a internet. Apenas 5% procuram a ajuda de profissionais de saúde, que são os mais capacitados a falar sobre o tema. (mais…)