Inocente ou culpado? A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA elucidará a questão promovendo, 82 anos depois, em Ilhéus, o julgamento por Júri Popular do Índio Caboclo Marcelino, da tribo Tupinambá de Olivença. A sessão faz parte da Série Júri Simulado – Releitura do Direito na História, que busca garantir o resgate dos direitos de personagens da história nacional que, à época, não puderam exercer com plenitude a garantia do contraditório e da ampla defesa efetiva.
Através do Júri Simulado a Defensoria baiana já realizou o julgamento, com absolvição das acusações passadas, de Luíza Mahin e Zumbi dos Palmares. Realizado pela primeira vez no interior do Estado, a sessão que julgará o Índio Caboclo Marcelino, perseguido no Estado Novo, acontecerá na sexta-feira, 20, às 17h, no Teatro Popular de Ilhéus, localizado na Avenida Soares Lopes Cristo, 704, Centro. A entrada é gratuita.
De um lado, setores da imprensa e a elite cacaueira local sempre apresentavam Marcelino como assassino, bandido e comunista. Do outro, o caboclo era, e ainda é, visto como um dos símbolos da luta dos Tupinambás de Olivença por suas terras. A defensora pública Aline Muller fará a acusação e a defesa será feita pela defensora pública Júlia Baranski. A função de julgar estará a cargo do defensor público Leonardo Salles e do júri popular que será composto por pessoas da plateia. (mais…)