Foram encontradas irregularidades no Hospital Regional de Ilhéus
Irregularidades na gestão de hospitais públicos da Bahia estão registradas em um relatório feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e concluído em dezembro do ano passado. O A Tarde teve acesso ao documento e informa que o alto índice de falta de médicos nas 11 principais unidades de saúde e a diferença salarial entre profissionais do mesmo cargo estão entre os problemas identificados.
Em entrevista ao jornal, o conselheiro Pedro Lino aponta que o Sindicato dos Médicos já questionava o fato de um médico PJ (pessoa jurídica) “ganhar três vezes mais que um estatutário”. “Que motivação um médico tem de trabalhar quando o colega que faz a mesma coisa que ele ganha três vezes mais?”, indaga Lino, que diz ter constatado a existência de profissional em regime estatutário e contratado ainda como PJ, o que, segundo ele, é ilegal. “Tem muita coisa no documento que reporta a uma possível improbidade administrativa, coisa que, certamente, é preciso encaminhar ao nosso MP”, analisa o conselheiro.
Segundo a auditoria do TCE, entre outubro e dezembro de 2012, 17,98% dos médicos não compareceram ao serviço. O Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, foi o que registrou maior índice de ausência: 165 profissionais faltaram nos dois meses analisados. Situação semelhante foi encontrada nos hospitais Luís Viana Filho, em Ilhéus, Geral de Camaçari, e Geral Roberto Santos, em Salvador. A Secretaria de Saúde (Sesab) afirmou que as irregularidades já são conhecidas há dois anos, mas que foram feitas vistorias e instalados relógios biométricos que vão começar a funcionar em fevereiro.( Atarde Online)