Mesmo com o clima de negociação que paira na atmosfera sul baiana, por meio de propostas do Governo do Estado da Bahia, em reforçar a segurança nas áreas de conflitos de terras em Ilhéus, Una e Buerarema, com a fixação de três bases e aumento do efetivo da Força Nacional, a aparente e superficial ‘calmaria’, mascara graves crimes que têm assolado a produção e a vida das comunidades rurais destes municípios. O clima é de instabilidade e grande insatisfação diante das invasões e dos atos de violência praticados nas áreas rurais.
Pequenos produtores que dependem diretamente da terra para sobreviver, têm sofrido com a violação ao direito de propriedade com o esbulho possessório praticado por auto declarantes indígenas, além de não poderem colher a produção e escoar para o mercado. São os casos do assentamento de Vila Santa Aninha, de Sapucaeira, em Ilhéus, e diversas localidades em propriedades da agricultura familiar e de pequenos produtores também de Una e Buerarema.
“Estas pessoas que foram assentadas estão sendo expulsas da propriedade e indo sem preparo para as periferias. Eles não têm mais o estímulo de dizer ‘eu vou plantar para colher’, porque já perdeu”. E questiona os programas do Governo, “do que valeu tanto esforço? Para depois perder?”. 40% desses assentamentos, de 1 ha a 3 ha, foram invadidos, mais de 300 pessoas expulsas e as outras estão sob ameaça, segundo o Presidente da Cooperativa de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar e Presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Vila Santa Aninha, em Ilhéus, onde abriga 22 famílias, Erivaldo Souza.
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