O vereador ilheense, Cosme Araújo (PDT), encaminhou, via Poder Legislativo Municipal, Requerimento nº 064, à Bahia Pesca, solicitando a realização de pesquisas visando estabelecer a reprodução, criação e engorda do MERO – “EPINEPHELUS ITAJARA”, para fins de repovoamento de áreas onde a espécie foi predada e futura comercialização, sujeita a rigorosa fiscalização e planejamento.
Já existem resoluções neste sentido no Ministério da Pesca atribuindo tais ações e atribuições estaduais a cada unidade federativa. Portanto, a responsabilidade no estado é da Bahia Pesca. “Cabe ao governo do estado às medidas legais não apenas para a preservação, mas, proteção e estudo de repovoamento da espécie, especialmente no litoral ilheense”, orienta Araújo.
O MERO, espécie integrante da família dos SERRANÍDEOS, foi predado, anos a fio, sem qualquer tipo de controle, tanto pela pesca predatória como pela caça submarina. Seriamente ameaçado de extinção, teve sua pesca e comercialização proibidas em quase todo o mundo, inclusive no Brasil, onde o IBAMA adotou idêntico procedimento, através de portarias especiais. A primeira estabeleceu tal proibição por cinco anos, renovando-a por igual prazo há cerca de dois anos. Algumas áreas especiais foram selecionadas para estabelecimento de reservas ecológicas específicas, a exemplo da Baía de Babitonga, em Santa Catarina, resultando razoável recuperação. Outras áreas deverão ser selecionadas com idêntica finalidade, especialmente em nosso Estado, rico em manguezais. Tomamos a liberdade de sugerir os sítios da Ilhéus, Canavieiras, Cairú e Maraú para implantação de projetos especiais com idêntica finalidade. O MERO é um serranídeo que pode alcançar quando adulto (erado), o peso de quatrocentos (400) quilos. Reproduzido e criado em cativeiro poderá em razoável lapso de tempo ser distribuído em novas áreas e até mesmo voltar a ser comercializado em larga escala, sem perigo de extinção.