Por Jamesson Araújo
Ontem (25), fui ao estádio Mário Pessoa para assistir de perto o nosso querido Colo-Colo ser campeão mais uma vez. Lá, pude constatar como o ilheense é apaixonado por futebol, e pelo Tigrão. Uma coisa bonita de se ver.
Acordei hoje (26) e logo liguei o rádio, como de costume, passando pelas emissoras para ouvir as opiniões dos principais radialistas de Ilhéus do horário matutino. Mas um desses me deixou triste. Logo ele, um dos ícones do rádio regional, defender o indefensável, e tentar explicar o porquê do não apoio financeiro da prefeitura ao Colo-Colo.
Incrédulo, a tristeza não é pela opinião, mas sim com a forma que ela foi colocada. Vivemos em um país democrático, onde todos tem o direito de se expressar, como também temos o direito de criticar.
Em nenhum momento a imprensa cobrou um patrocínio financeiro da prefeitura para o Colo-Colo. A ajuda que a imprensa vem falando e cobrando, é de estrutura e apoio técnico para captação de recurso, já que Ilhéus tem 15 mil empresas na cidade e apenas duas se colocaram a disposição para apoiar o Tigrão. A prefeitura de Ilhéus tem esse cadastro de empresas que pagam ISS regulamente. E por que não fez essa ponte desde o início?
O que a imprensa está denunciando, é sobre a precariedade da maior praça esportiva de Ilhéus, completamente abandonada pelo governo municipal e que só recebeu uma ligeira limpeza devido a final do campeonato. O esporte em Ilhéus está jogado de lado, tanto que o prefeito acabou com a secretaria de Esporte, colocando em seu lugar uma superintendência inoperante.
No momento da entrega do troféu ao campeão Colo-Colo, minha alegria se misturou em constrangimento, pelo fato da escuridão tomar conta daquele momento tão brilhante para os ilheenses.
Conforme ia escurecendo víamos que não era só os refletores que faltavam, mas também iluminação nas arquibancadas, principalmente nas cobertas.
Conforme ia escurecendo, ali era explicitada a prova da incompetência administrativa de nossa cidade. Ah, o radialista falou que o prefeito requisitou ao governo da Bahia uma nova iluminação para o estádio. Mas ele esqueceu que essa cobrança partiu do também radialista Marinho Santos, que lembrou aos “esquecidos” Jabes Ribeiro e seu pupilo Isaac Albagli, a tempo de cobrar o governador.
Não podemos ser levianos, a retirada dos refletores foi devido a um pedido do corpo de bombeiro por causa da grade de proteção. Desde que foi retirado, não houve um esforço do governo para reformar e recolocar a grade, e consequentemente os refletores antigos, que estavam em perfeito estado até a retirada.
A situação do estádio Mario Pessoa é um reflexo da atual situação das principais quadras poliesportivas da cidade. Basta o ilheense circular pelos bairros da Conquista, Barra, Jardim Savóia e outros, que constatará que todas estão em estado deplorável.
O esporte amador em Ilhéus vive a trancos e barrancos, em situação de socorro, onde não vemos uma ação direta do governo municipal. Aquele estádio que serve ao Colo-Colo, também é o maior palco do futebol amador!
Ilhéus não tem dinheiro para reformar? Economiza nos contratos superfaturados, diárias fictícias e fecha a porta para a corrupção endêmica que ocupa esse governo.
O único ilheense que não se sentiu com coragem para ir ao estádio foi o prefeito Jabes Ribeiro. Que ainda em 2014, ele olhe para o esporte com mais carinho e menos desprezo.
Infelizmente não é só o esporte que pode estar em pedaços, mas também a saúde e educação, que são consequência de governos incompetentes, iguaizinhos ao atual.
Não carece de muito dinheiro para resolver os problemas do esporte, só de vergonha na cara!