Por Targino Machado
Em tempos pretéritos, já me referi ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), como tribunal carlista dos municípios e cemitério de políticos aposentados do carlismo, pois aquela Corte era aparelhada e colocada a serviço do grupo político, à época, hegemônico na Bahia. Este expediente servia para cooptar prefeitos com problemas com as contas dos municípios e, por vezes, para perseguir adversários políticos.
Várias vezes me servi do mandato para denunciar essas práticas, que imaginava seriam sepultadas junto com o líder político que as instituiu.
O tempo passou, os personagens do poder são outros. Vejo com tristeza aqueles que, conosco, faziam fila a criticar as velhas práticas, hoje como protagonistas da política fazendo igual ou pior.
Tenho vergonha do crime perpetrado pela Assembleia Legislativa da Bahia, no final do ano passado, quando não tiveram vergonha de aprovar o nome do deputado Mário Negromonte para compor o TCM, atendendo, assim, o pedido do então governador Jaques Wagner.