As obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) foram retomadas na última semana, após ficarem paradas por nove dias. No entanto, segundo apurado pela Agência Sertão, o ritmo dos serviços foi diminuído pela metade.
Em Guanambi, onde está localizado o canteiro do Lote 5, trecho 2 da ferrovia, a paralisação aconteceu no último dia 6, após a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, estatal responsável pela obra, informar que os recursos previstos para a Fiol não vieram no ritmo esperado.
Com a previsão de descontingenciamento de recursos do orçamento federal, confirmada pelo Governo na última sexta-feira (20), a Valec decidiu retomar a obra. Os recursos liberados no entanto não são suficientes para manter o ritmo que vinha sendo empregado nos últimos 10 meses.
A diminuição no ritmo da obra tem como objetivo adequar a execução física e com a capacidade financeira da estatal até dezembro.
O Consórcio Fiol (BTEC/LCM), responsável pelo lote 5, já começou a reduzir seu quadro de funcionários. As primeiras demissões aconteceram logo após o anuncio da paralisação da obra. A expectativa é de que apenas a metade dos cerca de 400 trabalhadores continue trabalhando.
Em nota emitida no último dia 10, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav-BA) disse que o governo federal precisa dar atenção especial e garantir os recursos para a obra.
Segundo a Nota, “a Fiol gerou enorme expectativa em todas as cidades que estão ao derredor da Ferrovia, produzindo inclusive euforia na cadeia produtiva da construção e no comércio das diversas cidades pela possibilidade do desenvolvimento econômico que alimentaria o círculo virtuoso das economias das cidades, o que demonstra a importância da manutenção das atividades”.
A nota ressaltou ainda que os atrasos na Fiol podem atrasar também o início da construção do Porto Sul, previstas para serem inciadas ainda este ano. O sindicato ainda demonstrou preocupação com as demissões nos canteiros da ferrovia.
A Fiol se integrará ao Porto Sul, que será construído ao norte da cidade de Ilhéus. Após concluído o trecho I, a ferrovia irá transportar o minério que será extraído pela Bahia Mineração em Caetité até o porto, de onde sairá para ser exportado. A expectativa é que a ferrovia transporte até 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
Já o trecho II fará a ligação das áreas produtoras de grãos do Oeste da Bahia, enquanto o trecho III ligará a Fiol à Ferrovia Norte-Sul. Ao todo serão 1.527 km de trilhos.
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