Ministro dos transporte , Cesar Borges, e a deputada Ângela Sousa
Garantir a retomada das obras de construção da Ferrovia de Integração Oeste Leste e acelerar o processo de implantação do Porto Sul, considerando que se tratam de equipamentos fundamentais para o desenvolvimento da Bahia. Essas foram as principais reivindicações feitas pela deputada estadual Ângela Sousa (PSD), vice-presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo e membro titular da Comissão Especial da Ferrovia de Integração Oeste-Leste da Assembleia Legislativa da Bahia, ao Ministro dos Transportes, Cesar Borges, durante o seminário “Fiol: a Bahia Quer, o Brasil Precisa”, realizado nesta sexta-feira (26), em Barreiras, no oeste baiano.
De acordo com a deputada, não existe ferrovia sem porto e nem porto sem ferrovia, daí a necessidade de se discutir amplamente sobre a implantação desses equipamentos, buscando resolver os eventuais entraves que tem atrasado a implantação do Completo Intermodal Porto Sul. Cesar Borges disse concordar com a deputada e afirmou que é preciso atrelar o porto sul e a ferrovia para que efetivamente se tenha a concretização desse grandioso projeto. “Recebi esse cargo de ministro cheio de responsabilidades, mas posso garantir que minha maior responsabilidade é com a Bahia, e com a FIOL”, disse ele. Cesar Borges adiantou ainda que a presidenta Dilma Rousseff liberou 700 milhões para a construção do trecho dos lotes 01 a 04 (Caitité à Ilhéus) da Fiol e não faltarão recursos para a conclusão do projeto.
A ferrovia vai dinamizar o escoamento da produção de grãos e minérios da Bahia, permitindo a ligação entre o oeste baiano, na divisa com o Tocantins, e o Porto Sul, em Ilhéus. Dentro do Plano de Aceleração de Crescimento (PAC), a ferrovia, de 1.527 quilômetros de extensão, envolve investimentos estimados em R$ 7,43 bilhões, até 2014. E o objetivo do seminário realizado nesta sexta-feira foi justamente discutir a retomada de parte das obras paralisadas em virtude de problemas técnicos e ambientais.
Além do ministro César Borges, o evento contou ainda com a presença do governador Jaques Wagner, do vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, do Ministro da Secretaria dos Portos, José Leônidas de Menezes Cristino (Portos), deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores de diversos municípios baianos, sindicatos, clubes de serviços e representantes de diversos segmentos da sociedade civil organizada. Durante o seminário, Jaques Wagner afirmou que a ferrovia é de suma importância não apenas para escoar a produção, mas para transportar insumos e fertilizantes até o Oeste baiano. O governador destacou ainda a aceleração do desenvolvimento, impactando diretamente na economia de 140 municípios do estado.
A deputada estadual Ângela Sousa informou que um dos pontos altos do seminário foi a confirmação de que as obras estão sendo retomadas em diversos trechos, com novas licitações, atendimento de exigências ambientais, conclusão de projetos executivos e desapropriação de áreas. As providências se concentram no trecho de 536 quilômetros entre Ilhéus e Caetité, fundamental para o escoamento da mineração. César Borges explicou que os estudos técnicos já foram feitos para equacionar as pendências que atrapalham o andamento das obras. “Estamos refazendo o projeto executivo, o que permite, no cronograma atual, a entrega da ferrovia até dezembro de 2014”, disse ele.
Partindo de Figueirópolis (TO), a Fiol vai ligar as cidades de Barreiras, Caetité e Ilhéus. No total, a ferrovia passa por 49 municípios baianos. Além do desenvolvimento dos dois estados, a integração com a Ferrovia Norte-Sul vai interligar o Norte (Tocantins e Maranhão), o Centro (Goiás) e o Nordeste (Bahia), reduzindo o fluxo de caminhões e o custo transporte, oferecendo uma nova alternativa de logística para portos no Norte do país atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro Carajás. Os produtores calculam em 30% a redução nos custos com transporte via Fiol.
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