A Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) é considerada pelos especialistas como instrumento importante para a produção agrícola. Já que, o preço mínimo é uma imposição governamental ou de grupos privados, através de regulações ou impostos, que tem como fim o estabelecimento de uma remuneração mínima a uma mercadoria qualquer. Para um preço mínimo ser eficaz, ele obrigatoriamente deve ser maior do que o preço de equilíbrio do mercado.
Aplicar a PGPM no cacau necessitará de um estudo eficaz e eficiente, uma vez que o cultivo apresenta um diversificado modelo de produção. O modelo da Produção de cacau cabruca é diferente do modelo de ferti-irrigado, também diferente do modelo de produção a pleno sol. É necessário verificar a produtividade em cada um dos modelos, bem como os seus custos, para assim, identificar um preço mínimo que adeque a todas as práticas.
Em entrevista a TV Mercado, Guilherme Moura, Vice-presidente de Desenvolvimento Agrícola da FAEB, informou que a luta dos cacauicultores é inserir a cultura na PGPM, para garantir a viabilidade no estado. Adonias de Castro, chefe de pesquisa da Ceplac, justifica a necessidade, alegando que, quando o produtor (de uma cultura anual) não tem bons rendimentos, ele tem a possibilidade de mudar de cultivo na safra seguinte, entretanto para o produtor de cacau isto é impossível. Uma vez que, as lavouras de cacau na Bahia, por exemplo, estão sobre o dossel da Mata Atlântica e dentro de um sistema onde o produtor não pode radicar a sua atividade (sistema cabruca).
Moura, por sua vez, salienta que: somente a política do preço mínimo não irá resolver todos os problemas nas lavouras de cacau, mas auxiliará os produtores na comercialização. “Os produtores estão animados com a inclusão do cacau na política do preço mínimo, e contam com o apoio do governo nas questões de orçamento para a implantação deste sistema”.
Ainda não existe uma definição de como poderá ser implantada a PGPM do cacau, e quanto será o preço mínimo do mesmo, no entanto estudos continuam sendo feitos pela CONAB, afim de, chegar-se a um valor que remunere e garanta a permanência da cultura no estado, mas este valor dever sair ainda em 2013, juntamente com a previsão de safra.
Vale lembrar que o cacau contribui para a sustentabilidade e conservação da mata atlântica, e tem grande importância social, além de, ser o maior gerador de empregos nas lavouras baianas. Fonte: Mercado do Cacau
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