O TCU suspendeu, nesta quinta-feira, 2, a licitação de R$1,3 milhão feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a compra de comidas e bebidas. No cardápio das refeições da Corte estavam medalhões de lagosta e vinhos importados.
Em sua representação, o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, disse que os itens da lista contrastam com a escassez de alimentos que a população brasileira enfrenta por conta da crise econômica.
“Os requintados itens que compõem as tais ‘refeições institucionais’ contrastam com a escassez e a simplicidade dos gêneros alimentícios acessíveis – ou nem isso – à grande parte da população brasileira que ainda sofre com a grave crise econômica que se abateu sobre o País há alguns anos”, escreveu Furtado.
A investigação do TCU se baseou em reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na última sexta-feira, dia 26 de abril. Furtado afirmou que a notícia teve “forte e negativa repercussão popular”.
A medida visa apurar eventuais irregularidades na administração do STF.
Na representação, Furtado ainda afirma que a despesa “que se pretende realizar por meio daquela licitação afronta o princípio da moralidade administrativa” prevista na Constituição.
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) foi à tribuna do Senado para criticar a proposta e informou que entregou duas representações ao TCU, uma para suspender o contrato imediatamente e outra para fazer uma auditoria nos últimos dez contratos firmados pelo STF.
Informações da Jovem Pan.
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