O baiano Isaquias Queiroz, maior medalhista do Brasil em uma Olimpíada, com três conquistas, e top 4 dos medalhistas em Mundiais, com dez, agora veste a camisa do Flamengo. Ao menos até Tóquio-2020, mas com previsão de extensão de contrato até Paris-2024. O atleta, que defendia o Paulistano, volta a representar o clube carioca após parceria sem remuneração entre 2010 e 2013. Desta vez, com salário.
Ele será a principal referência do projeto Flamengo Náutico, do remo e da canoagem. O investimento na modalidade de Isaquias em 2019 será de R$ 350 mil. Jacky Godmann (sub-23), que agora faz parte da seleção brasileira, e Caio Ribeiro, do paralímpico, são outros nomes contratados.
Isaquias conta que procurou o Flamengo porque queria uma camisa forte, uma parceria que chamasse a atenção para a canoagem e que lhe trouxesse um desafio.
— Quero turbinar ainda mais minha carreira e ter meu nome entre os ídolos de um dos clubes mais importantes do país — diz ele, que é torcedor do São Paulo, por causa de Rogério Ceni: — Sem contar que lá na Bahia e na minha cidade (Ubaitaba) a molecada torce para o Flamengo e faz canoagem.
O novo desafio que Isaquias Queiroz se impôs é uma forma, segundo ele, de “dar uma animada”. Desde novembro, quando o técnico da seleção brasileira Jesús Morlán morreu, os atletas estão desolados. De acordo com o canoísta, o clima na casa onde moram em Lagoa Santa (MG) ainda é de velório. Muitas vezes ele tenta colocar a turma para cima.
— Ninguém será igual ao Jesús — afirma Isaquias: — Quando treinávamos bem, era a maior felicidade. Muitas vezes me sinto estranho, perdido na água, sem ter com quem falar. É agora, com os treinos intensos, que sentiríamos a falta das broncas e do suporte. Se ele estivesse aqui, eu estaria numa fase melhor.
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