Fabrício Queiroz, motorista e ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), deu uma entrevista exclusiva ao SBT na noite desta quarta-feira (26). Essa foi a primeira vez que ele se pronunciou sobre o relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que identificou “movimentações atípicas” de R$ 1,2 milhão em sua conta bancária.
“Eu sou um cara de negócios, eu faço dinheiro, compro, revendo, compro, revendo, compro carro, revendo carro, sempre fui assim, gosto muito de comprar carro de seguradora, na minha época lá atrás, comprava um carrinho, mandava arrumar, revendia, tenho uma segurança”, declarou.
A comunicação do Coaf não significa que haja alguma irregularidade na transação, mas mostra que os valores não são compatíveis com os rendimentos da pessoa. Questionado, então, sobre sua renda, Queiroz afirmou que recebia cerca de R$ 10 mil de salário como assessor mais R$ 10 mil da remuneração como policial.
“No total, em torno de R$ 23 mil ou R$ 24 mil por mês”, disse. Ele não detalhou, no entanto, a origem específica das movimentações do relatório. “Eu morava em um apartamento arrumadinho, com piscina, a coisa toda. Aí separei e vim morar em uma comunidade no Rio de Janeiro. Esse mérito do dinheiro eu queria explicar para o Ministério Público.”
O motorista ainda falou sobre a mudança em sua relação com Flávio após o início dessas investigações. “É uma covardia o que está acontecendo comigo. Não sou laranja, sou trabalhador! Nem tenho mais falado com ele. É a coisa mais triste do mundo. Me abati muito com isso. Eu era amigo do cara. Vou provar tudo com o MP”, finalizou.
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