Baianos usam cota parlamentar para participar de atos pró-Lula


Deputado Federal Davidson Magalhães (PC do B).

Três deputados baianos pediram à Câmara reembolso de despesas deles relacionadas aos atos contra a prisão do ex-presidente Lula realizados em São Bernardo do Campo (São Paulo). Levantamento feito pela coluna Satélite, do Correio*, mostra que foram pelo menos R$ 1.308,48 gastos com alimentação e deslocamento utilizados por Jorge Solla e Nelson Pelegrino, ambos do PT, e Davidson Magalhães (PCdoB). Solla fez três viagens de Uber entre São Paulo e São Bernardo e gastou R$ 220,53. Já Pelegrino e Davidson comparam passagens aéreas entre a capital paulista e Salvador.No trajeto mais caro de Uber, Solla foi da capital paulista até São Bernardo do Campo, e pagou R$ 97,01. Foram 32 quilômetros, em uma hora e 12 minutos de viagem. O parlamentar ainda fez uma refeição no Bar e Café Pombal, também na capital, no valor de R$ 58.

Levantamento do Estadão apontou, ainda, que outros seis deputados de outros estados –todos do PT – tiveram gastos relacionados aos atos. Nelson Pelegrino, por sua vez, comprou uma passagem de Salvador para São Paulo no dia 6, por R$ 348,78, e gastou R$ 54,90 com alimentação aeroporto de Guarulhos. Também no dia 6, Davidson Magalhães, que participou do ato em São Bernardo e postou foto com Lula no Facebook, comprou passagem de São Paulo para Salvador por R$ 626,27.A Câmara dos Deputados proíbe o uso da cota parlamentar para fins políticos. A verba é destinada a custear gastos relacionados à atividade dos deputados. No caso dos baianos, o limite mensal é de R$ 39 mil. A Casa, contudo, não fiscaliza se as despesas dos parlamentares estão de acordo com a finalidade da cota.

Coluna Satélite/Correio*