O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Angelo Coronel (PSD), parabenizou o governador baiano por defender a construção de uma ação conjunta entre as bancadas do Nordeste, como forma de combater a discriminação do governo federal à região. Rui Costa (PT) falou durante o encontro “Diálogo Público: Nordeste 2030 – Desafios e Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável”, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e Banco do Nordeste (BNB), hoje, em Fortaleza, Ceará.
Para Coronel, esse movimento em defesa da região deve ser abraçado pelas bancadas federais nordestinas, como defendeu Rui Costa, mas também no âmbito das Assembleias Legislativas. “É inaceitável a segregação que esse governo ilegítimo vem promovendo ao Nordeste brasileiro, especialmente ao nosso Estado. Há tempos que o senador Otto Alencar (PSD) denuncia o cerco que Brasília tem feito à Bahia. Precisamos dar um basta nisso. Há de se dar uma resposta organizada, com a altivez própria do homem nordestino e a pujança do Nordeste”, proclamou o presidente da Alba.
Ele dar como exemplo o empréstimo de R$ 600 milhões feito pelo Governo da Bahia junto ao Banco do Brasil – com todas as exigências feitas pela instituição financeira cumpridas -, para a aplicação em obras de infraestrutura no Estado, e que continua retido pelo Palácio do Planalto. “Esta é uma postura rasteira e de desrespeito a todos os baianos”, afirma.
Coronel classifica de essencial uma unidade suprapartidária entre a classe política da região como forma de enfrentar a discriminação de Brasília. Chefe da Alba cita a realização do 2º ParlaNordeste, em setembro último, quando a Alba reuniu sete chefes de Legislativos nordestinos. “Na ocasião, fechamos questão contra a privatização da Chesf – Companhia Hidroelétrica do São Francisco -, assim como na adoção de um plano emergencial de revitalização do Rio São Francisco”, explicou.
“Esse novo tempo vivido pela Assembleia Legislativa, com programas de valorização do servidor e humanização do Estado, através do Assembleia de Carinho, vai além de lutar pela independência e a harmonia entre os poderes na Bahia. Vamos também cobrar do Governo de Brasília respeito pelo Nordeste e pelos interesses do seu povo. Devemos arregimentar nossa força política, para acabar definitivamente com a histórica desigualdade na divisão da renda nacional, bastante aguçada, cabe ressaltar, nos últimos 12 meses”, asseverou, Coronel.
Para o pessedista, é muito interessante para o Nordeste fortalecer-se politicamente agora enquanto região, para que possamos cobrar, efetivamente, dos candidatos à presidência da República em 2018 quais os reais compromissos que assumirão com o Nordeste brasileiro se eleitos.
“Somos exatamente um terço (1/3) do Senado Federal, 27 senadores, e devemos nos conscientizar de nossa força política para arrancarmos do governo federal melhores condições de vida para nossa gente do Nordeste”.
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