No último domingo (15), uma enorme caminhada promovida pelos Povos de Terreiros de Ilhéus tomou conta de várias ruas do bairro Malhado, com objetivo de promover respeito, paz e tolerância para os praticantes de várias religiões. A Câmara de Ilhéus foi representada no evento pelo presidente Lukas Paiva e pelos vereadores Makrisi Angeli, Fabrício Nascimento, Abraão Oliveira e Jerbson Moraes.
O evento contou com a representação de várias lideranças de diversas religiões como Mãe Carmosina, líder da Umbanda local e do bispo diocesano dom Mauro Montagnoli . Para o vereador Jerbson Moraes, líder da bancada do PSD na Câmara e secretário municipal do partido, participou do evento representando o prefeito Mário Alexandre, “não precisamos pedir tolerância, exigimos respeito a todas as práticas religiosas, pois a nossa Constituição garante a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, de acordo com a lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.
No Brasil, muitas pessoas são agredidas, rejeitadas em vagas de empregos e discriminadas por participarem de cultos e religiões de matrizes afrodescendentes. No dia 4 de maio de 2016, o busto de Mãe Gilda, no parque do Abaeté, em Itapuã, Salvador, foi alvo de vândalos e teve a placa de informações apagadas. Seis meses depois, o busto foi reinaugurado. As investigações já haviam sido interrompidas e o caso, arquivado sem indicar nenhum culpado.
A caminhada é uma maneira de fortalecer a luta, promover união, e criar bases para a discussão do enfrentamento dessas questões. Recentemente, Ilhéus aderiu ao Fórum Estadual Permanente de Combate a Intolerância Racial, que garante à cidade um papel estratégico de integrar as ações de infraestrutura com direitos humanos para os segmentos tradicionais. Isso permite priorizar recursos assegurados pelo Estatuto de Promoção da igualdade Racial, lei estadual que faz a previsão dos direitos e das áreas prioritárias para atuação.
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