Religiosos fazem caminhada pela paz e pelo fim da intolerância em Ilhéus


Diversas religiões e instituições. Índios, negros, mulatos, pardos e brancos. E um só pedido: paz! A caminhada promovida pelos Povos de Terreiros de Ilhéus reuniu centenas de pessoas pelas ruas do bairro do Malhado, em Ilhéus, neste domingo (15).

No discurso de Mãe Carmosina, maior liderança local do candomblé, o mesmo sentimento do discurso do bispo diocesano de Ilhéus, dom Mauro Montagnolli, também presente ao encontro. O combate à intolerância religiosa deve ser a luta de todos, todos os dias, para a construção de uma sociedade que saiba aceitar as diferenças.

“Nós não devemos apenas ser tolerantes. O que precisamos é de respeito, de entender a opção do outro”, disse Carmosina.

Índios Tupinambá se misturaram aos adeptos da umbanda. Lideranças do candomblé, abraçaram padres e freis franciscanos. Integrantes da Defensoria Pública defenderam a causa, alegando que todos os dias chegam à instituição casos de intolerância religiosa e de desrespeito ao outro.

Representantes do PSB; Mauricio Galvão, vereadores Fabricio Nascimento e Lukas Paiva, e Diego Messias.

Vice-prefeito de Ilhéus, José Nazal, esteve presente à caminhada. “A construção de uma Ilhéus mais cidadã passa por encontros como este, onde o respeito às diferenças pode ser visto como maior símbolo da paz”, disse.

O presidente da Câmara de Vereadores, Lukas Paiva, e o vereador Fabrício Nascimento, e representantes do PSB, Diego Messias  e Mauricio Galvão também estiveram prestigiando o evento.

Na Bahia, diversas pessoas são agredidas, excluídas ou desrespeitadas por conta da religião, credo, culto ou práticas litúrgicas que escolheram seguir. São ocorrências cujo crime é previsto no artigo 208 no Código Penal Brasileiro.